Fundado em 2014, o Porto Vitória vem tendo destaque nas categorias de base do Espírito Santo. No último final de semana, a equipe venceu os campeonatos estaduais das categorias sub-15 e no sub-17, repetindo o que já havia feito no sub-11 e sub-13.O clube originou de um projeto do profissional de marketing Vinícius Coelho e de seu pai, Maely, empresário capixaba do ramo de publicidade e de serviços médicos.Em pouco tempo de atividade, o Porto já levou alguns dos jovens atletas revelados em casa para grandes times do futebol brasileiro. O maior exemplo é o zagueiro Natan, hoje jogador do Real Betis e que foi negociado com o Flamengo.“O Porto Vitória apostou em algo óbvio, mas negligenciado: ocupar o espaço que ninguém mais olhava no Espírito Santo, um estado que já revelou nomes como Geovani, Maxwell, Richarlison, Carlos Germano e Sávio, mas que nunca teve um projeto de formação estruturado e contínuo. Com isso, a gente virou um polo de atração de talentos que alcança desde o Sul da Bahia até parte de Minas Gerais”, explicou Vinícius, hoje presidente do clube capixaba. Leia Mais Atlético-MG anuncia volta de Sampaoli: “Agora é sem distanciamento social” Relembre a linha do tempo da negociação entre Grêmio e Roger Guedes CBF "fura" acerto entre Willian e Grêmio; entenda Foco na formação de atletasAtualmente, o Porto Vitória é o único clube do Espírito Santo que possui o Certificado de Clube Formador emitido pela CBF, que atesta a qualidade da formação esportiva e social do atleta. Em todo o Brasil, dos mais de 900 times que operam regularmente, pouco mais de 70 detêm esse certificado.“Esse foi o nosso diferencial, ninguém aqui quis reinventar a roda. Apenas fizemos o que os grandes fazem – só que num lugar onde ninguém estava olhando”, resumiu Vinícius. A base do Porto Vitória já levou jogadores para equipes importantes, entre eles:Guilherme Calci, camisa 10 do São Paulo nas categorias de baseGuilherme Santos, artilheiro da Taça BH Sub-17 pelo Atlético Mineiro, e depois artilheiro dos Brasileiros Sub-20 e Sub-23 pelo Red Bull Bragantino; hoje no AvaíDaniel Monteiro, zagueiro titular do sub-17 do FlamengoGuilherme Queiroz e José Eduardo, dupla de ataque do sub-15 do rubro-negro cariocaBruno Ramos, zagueiro do Sporting de LisboaNa venda de Natan do Napoli para o Betis, o negócio rendeu cerca de 12 milhões de reais ao Porto Vitória.Do amador ao futebol profissionalEmbora o foco inicial fosse exclusivamente a base, o clube capixaba passou a disputar também competições profissionais a partir de 2021. Neste ano, o Porto Vitória foi vice-campeão estadual e da Copa Espírito Santo, e quase se classificou para a segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro.A partir de 2026, o time deve receber um auxílio do governo do Espírito Santo, uma vez que em julho, o governador Renato Casagrande sancionou um lei que prevê injeção de verbas para os clubes capixabas que disputarem torneios nacionais.Atual fase do projeto e novos rumosAtualmente, o Porto Vitória é uma empresa limitada, e não uma SAF, o que deve permanecer no médio prazo. “Sei que a SAF tem vantagens tributárias, mas também exige obrigações que nem todo projeto comporta. Clubes que admiro, como o Red Bull Bragantino e o Barra-SC, continuam como limitada. Então seguimos assim, por enquanto”, disse Vinícius Coelho.No momento, a ambição dos capixabas está em construir parcerias internacionais. Vinícius e Maely tem viagem programada para a Europa, para expandir o projeto da equipe. Ambos acreditam que a trajetória do Porto Vitória pode atrair investidores, patrocinadores e até profissionais a fim de incrementar o projeto no curto prazo.CBF antecipa fim do Brasileirão e muda final da Copa do Brasil; veja