Waack: Lula busca na COP30 um acordo para chamar de seu

Wait 5 sec.

O presidente Lula (PT) voltou à COP30 em busca de um resultado que possa chamar de seu, de preferência, um resultado triunfal. O que triunfou na conferência até aqui, porém, foi o mesmo impasse de sempre, que é basicamente o de obter recursos financeiros para sustentar projetos de proteção ambiental. Ou seja, conseguir que países com situações e interesses muito diversos, de partes do mundo muito diferentes, assumam compromissos de limitação do uso de combustíveis fósseis e, principalmente, passem a cumpri-los. Até aqui triunfou na COP30 o ritual das palavras grandiloquentes sem consequências práticas de relevância abrangente, a começar pelas do próprio presidente brasileiro, que se dedicou, nesta quarta-feira (19), a dar lições ao mundo, a se “autoelogiar” e garantir que fez a melhor COP do mundo, que ainda nem acabou.  Leia Mais: Sem citar acordo, Lula diz que "melhor resultado" será alcançado na COP30 Na COP30, Lula diz que convencerá Trump sobre questão climática Na reta final da COP, diplomatas divergem de Marina sobre Mapa do Petróleo O governo brasileiro quer colocar de alguma maneira na declaração final do encontro uma menção a um “mapa do fim do petróleo”, cujos contornos até aqui vão do vago ao muito vago, proposto por um governo que autorizou a exploração de petróleo dias antes. Coube à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciar mais dinheiro para o Fundo da Floresta para Sempre. Viria da Alemanha, cujo chanceler, Friedrich Merz, abriu uma polêmica ao criticar Belém depois das vinte horas que passou lá. Merz não disse oficialmente se vai enfiar a mão no bolso, de Berlim, cidade que, de acordo com Lula, não chega em 10% aos pés da capital paraense. O alemão mandou a Lula até aqui um “Schöne Grüße”, “um abraço”, em tradução livre, e cada um interprete como quiser.