Economia na semana: IBC-Br, PIB do Japão e decisão de juros na China

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A terceira semana de novembro será menos agitada e mais curta para os brasileiros, devido ao feriado da Consciência Negra, na quinta-feira (14), quando a Bolsa brasileira não funciona. Mas há alguns dados que estarão no radar do mercado.Na noite de domingo, há a divulgação do produto interno bruto (PIB) do Japão, às 20h50. O dado ganha força devido aos recentes acontecimentos no país, com a dívida pública crescendo e o Banco do Japão (BoJ) falando na necessidade de subir juros.Logo na segunda, às 9h, o Banco Central brasileiro divulga o IBC-Br, visto pelo mercado como uma “prévia do PIB”. Na quarta, por fim, o Banco Popular da China decide o futuro da taxa de juros no gigante asiático.CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamentePIB do Japão volta ao radar dos investidores posicionados em BrasilA primeira-ministra japonesa recém-eleita, Sanae Takaichi, afirmou na última semana que, embora a inflação esteja acima da meta do Bank of Japan, ainda é prematuro concluir que o país superou o quadro de deflação.A sinalização reforça a percepção de que Takaichi deverá adotar uma orientação mais expansionista na política fiscal.Uma postura fiscal mais expansionista pode levar o BoJ a calibrar uma política monetária ligeiramente mais restritiva do que o mercado antecipa hoje, possivelmente com elevação da taxa básica no primeiro semestre de 2026.Eventuais altas de juros no Japão podem coincidir com o início do ciclo de cortes pelo Copom, o que tende a acelerar o desmonte de operações de carry trade e, por sua vez, pressionar negativamente o real frente às principais divisas conversíveis.Serviços pode puxar IBC-BrO setor de serviços, em máxima histórica, pode influenciar positivamente o IBC-Br, e o indicador de atividade do Banco Central tende a registrar variação ligeiramente positiva em setembro.Apesar dos recuos no comércio varejista (-0,3%) e na produção industrial (-0,4%), os avanços observados nos serviços e no varejo ampliado devem ser determinantes para o desempenho do IBC-Br no mês.Modelos estatísticos apontam para uma variação marginal, próxima de 0,1%. Ainda que esse resultado se concretize, ele não altera a dinâmica recente do indicador, que deve registrar queda de 0,7% no terceiro trimestre.Decisão de juros na ChinaO desempenho industrial abaixo do esperado não deve provocar alterações na condução da política monetária na China.Após um resultado industrial mais fraco que o projetado, o Banco Popular da China tende a manter inalteradas, em outubro, as taxas de juros de um e cinco anos.A queda da taxa de desemprego, de 5,2% para 5,1%, e o avanço ligeiramente acima do esperado nas vendas do varejo devem, por ora, adiar os planos do PBoC de seguir ampliando o grau de flexibilização monetária necessário para sustentar o cumprimento das metas de crescimento do país.