A morte de um indígena da etnia Guarani Kaiowá, na comunidade de Pyelito Kue, município de Iguatemi, em Mato Grosso do Sul, foi lamentada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em nota, a autarquia informou que “é inaceitável que indígenas continuem perdendo suas vidas por defender seus territórios”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Cimi Nacional (@cimi_conselhoindigenista)A morte ocorreu na madrugada desse domingo (16/11), após ataques de pistoleiros em resposta a uma recente retomada indígena do território, intensificada na semana passada.Um dos motivos que teria provocado a retomada dos territórios é a pulverização de agrotóxicos, que vem causando adoecimento e insegurança hídrica e alimentar, o que fez com que a comunidade indígena local se rebelasse nos últimos meses.A Funai informou que acionou os órgãos de segurança pública responsáveis e acompanha as ações do governo federal nos desdobramentos do caso. Outros quatro indígenas ficaram feridos na ação. Leia também Brasil Funai: ex-presidente é condenado por perseguir indígenas e servidores São Paulo À espera de demarcação, Terra Indígena Jaraguá ganha placas da Funai Brasil Funai autoriza diretora a participar de evento psicodélico nos EUA Brasil Indígenas bloqueiam entrada da COP30: “Ninguém entra, ninguém sai” O órgão federal ainda destacou que a morte ocorre durante o contexto da COP30, no Brasil e que, entre vários temas de importância climática global, discute a importância dos povos indígenas e sua luta contra a mitigação climática. “Não existe trégua na perseguição aos corpos dos defensores do clima. A Funai se solidariza com a família, amigos e com toda a comunidade Guarai Kaiowá”, finalizou.Desde 3 de novembro, um grupo de trabalho técnico foi instalado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O objetivo é a elaboração de subsídios para a mediação de conflitos fundiários envolvendo os povos indígenas no sul do estado de Mato Grosso do Sul.