As ações da Rumo (RAIL3) começam a semana em forte tom negativo, com os investidores avaliando os números do terceiro trimestre (3T25). Por volta de 11h30 (horário de Brasília), RAIL3 registrava recuo de 6,42%, a R$ 15,46, figurando como a maior queda do Ibovespa (IBOV). Na mínima intradia, os papéis da companhia chegaram a cair 6,90%. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "RAIL3", "RAIL3" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "9d44c3d"} ); A transportadora ferroviária, que pertence ao grupo Cosan, reportou um lucro líquido de R$ 733 milhões entre julho e setembro deste ano, uma queda de 7,6% na comparação com o mesmo período de 2024. O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 2,31 bilhões, crescimento de 4,5% na base anual.Os analistas, em média, esperavam lucro de R$ 730,3 milhões e Ebitda de R$ 2,36 bilhões, segundo dados compilados pela IBES, da LSEG.Outros números de RumoEm comunicado de resultados, a Rumo afirmou que o desempenho da companhia foi “impulsionado pela Operação Norte, com avanço no transporte de carga geral, especialmente celulose, bauxita e combustíveis líquidos”. A transportadora também citou maiores volumes de açúcar e fertilizantes. Na Operação Sul, destacou o aumento do transporte de milho.No total, a companhia transportou um volume 8,2% maior que no 3T24, enquanto a receita líquida subiu 1,8%, a R$ 3,82 bilhões. A expectativa do mercado apontava para um faturamento de R$ 3,92 bilhões no período, segundo a IBES.Segundo a Rumo, a receita cresceu menos que o volume transportado porque houve redução do preço médio do frete, “em um ambiente de maior competição”.O custo dos serviços prestados subiu 4,9% no terceiro trimestre na comparação anual, a R$1,98 bilhão. No período, a Rumo afirmou que os custos fixos e as despesas comerciais, gerais e administrativas caíram 5% em termos nominais.A empresa terminou setembro com uma alavancagem financeira de 1,9 vez a relação entre dívida líquida e Ebitda ante 1,4 vez no final do terceiro trimestre do ano passado.Como os analistas avaliam os númerosPara os analistas do Safra, o resultado trimestral da Rumo foi negativo. “O resultado operacional fraco foi agravado por um aumento de 45,5% nas despesas financeiras líquidas na base anual, impulsionada por taxas de juros mais altas e um aumento de 46,5% na dívida líquida”, escreveram Luiz Peçanha e Arthur Godoy, em relatório. A dupla também destacou a queda de 6,3% na tarifa consolidada, ficando 3,2% abaixo da estimativa do banco. “Os resultados foram impulsionados por maiores volumes transportados, conforme já divulgado. Entretanto, isso foi ofuscado pela queda na tarifa média.”Por outro lado, o lucro líquido ficou 6,4% acima da projeção do banco, mas considerando alguns ajustes. “O desvio positivo em relação à nossa estimativa pode ser amplamente atribuído a uma indenização de R$ 55 milhões reconhecida pela Rumo Malha Sul, ligada a eventos climáticos no Rio Grande do Sul. Excluindo esse item não recorrente, o lucro líquido ajustado cairia 12,2% A/A para R$ 697 milhões, ficando amplamente em linha com nossa estimativa e o consenso.”LEIA MAIS: Dividendos no radar: enquanto empresas do agronegócio sofriam, essa ação foi às compras e está se destacando pelo potencial de proventos; entendaO que fazer com as ações agora? Apesar da avaliação negativa, o Safra mantém a recomendação de compra para as ações RAIL3 e preço-alvo de R$ 21,80 — o que representa um potencial de valorização de 32% sobre o preço de fechamento da última sexta-feira (14). Segundo os analistas, o valuation da companhia segue atrativo. Nas contas do banco, a companhia negocia atualmente a uma taxa interna de retorno (TIR) de 14,%, cerca de 744 pontos-base acima dos títulos brasileiros indexados à inflação de 10 anos (NTN-Bs 2035). LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessar