O balanço do terceiro trimestre de 2025 da Cosan (CSAN3) contou, novamente, com o peso negativo da Raízen (RAIZ3). A sucroalcooleira vem, sequencialmente, impactando os resultados da holding – e os executivos da controladora prometem estar se dedicando a resolver a situação. “Nós entendemos sim a urgência de encontrar soluções necessárias para a estrutura de capital da Raízen”, afirmou o CEO da Cosan, Marcelo Martins. “As nossas conversas com a Shell têm evoluído bastante. Em determinados aspectos do que a gente imagina que sejam as soluções adequadas, evoluímos muito. Hoje nós temos um direcionamento mais claro do que tínhamos semanas atrás”. VEJA MAIS: O que os balanços do 3T25 revelam sobre o rumo da bolsa brasileira e quais ações podem surpreender nos próximos meses – confira as análises do BTG PactualNo entanto, o executivo contou que, por hora, não há um acordo final para divulgar ao mercado. A Cosan já realizou duas ofertas pública de ações recentemente, a primeira de R$ 9 bilhões e a segunda de R$ 1,4 bilhão, com sinalizações de que parte do capital da última seria destinada a Raízen. No entanto, há a necessidade se chegar a um acordo com a Shell, que controla a sucroalcooleira junto com a holding brasileira. A companhia britânica já sinalizou que não quer assumir o controle da Raízen. “Os termos ainda não estão definidos, e inclusive a estrutura a ser perseguida para que a gente possa continuar trabalhando na desalavancagem da companhia também não está definida. Mas o compromisso de chegar a uma solução adequada, eventualmente tendo que fazer alguma contribuição de capital, permanece”, disse o CEO da Cosan. A Cosan registrou um prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2025, revertendo o número positivo de R$ 293 milhões do mesmo período do ano passado.Segundo a companhia, o recuo do resultado se deu, em grande parte, pela menor contribuição da equivalência patrimonial no balanço.A Cosan apresentou, no período, uma equivalência patrimonial negativa de R$ 482 milhões e a Raízen foi o maior peso no desempenho consolidado da companhia. A sucroalcooleira viu seu Ebitda cair 14% no ano, para R$ 3,3 bilhões, em meio a dificuldades enfrentandas pelo setor em que atua, ao mesmo tempo em que seu endividamento subiu (com a alavancagem saindo de 2,6x para 5,1x na base anual.