O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se mantém confiante para o acordo entre Mercosul-UE. “Vai ser o maior acordo do mundo e vai fortalecer o multilateralismo”, afirmou, nesta segunda-feira (17), na verde da COP30, onde participou lançamento da Plataforma Recircula Brasil e Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica com a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) Para Inclusão da Cadeia do Alumínio na ferramenta. A ABDI é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).Alckmin também falou sobre o avanço da diplomacia comercial, mencionando os progressos nos acordos internacionais que visam reduzir barreiras ao comércio de produtos brasileiros, incluindo os da Amazônia. O vice-presidente citou como exemplo a diminuição de tarifas sobre produtos como o suco de laranja e outros itens da região Norte, com o objetivo de aumentar a competitividade das exportações brasileiras. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Durante a COP 30 em Belém do Pará, Alckmin destacou ações estratégicas do governo federal para impulsionar a sustentabilidade e fortalecer a economia verde no Brasil, e revelou iniciativas que podem ter impacto significativo tanto no setor industrial quanto no comércio internacional de produtos da Amazônia.Uma das principais medidas anunciadas foi a decisão de zerar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros sustentáveis. Esses veículos, que precisam ser flex e atender a um limite máximo de emissão de 80 gramas de CO2 por quilômetro rodado, têm o objetivo de reduzir a pegada de carbono do setor automotivo. Além disso, o governo incentivará a produção de carros altamente recicláveis, alinhando-se a uma agenda de descarbonização da economia brasileira.Em relação à bioeconomia, Alckmin enfatizou o compromisso do Brasil em industrializar produtos da Amazônia, como o açaí e o cupuaçu. O vice-presidente ressaltou a importância de fortalecer a produção e a exportação de itens da região Norte, que têm grande potencial para impulsionar a economia local e gerar empregos sustentáveis.O que é a ABDI? Essa plataforma foi desenvolvida em 2024 e já permite a rastreabilidade de material reciclável. Foi informado que no intervalo de um ano e meio de operação foram rastreadas e certificadas cerca de 50 mil toneladas de plástico reciclado. A Recircula Brasil rastreia e certifica a circularidade de materiais reciclados no país.Além do alumínio, a ferramenta passa a contemplar novas cadeias industriais, como alumínio, vidro, papel e tecidos, fortalecendo a logística reversa e a economia circular no Brasil. Alguns dos resultados positivos, segundo a ABDI, são: validação oficial do uso de conteúdo reciclado em produtos, redução de exposição a riscos ambientais e fiscais, transparência, dentre outros pontos“O programa Recircula Brasil foi citado pela ONU como um exemplo, além de fortalecer a economia circular”, disse Alckmin. “A reciclagem tem importância ambiental, socioeconômica e econômica. O consumo de energia para fazer o alumínio é muito grande e caro, então com a reciclagem reduz a energia e a lata fica mais barata, com benefício ao consumidor final. Lembrando que o alumínio pode ser reciclado ‘n’ vezes”, concluiu Alckmin. Leia também Lula fala por telefone com presidente da Espanha sobre acordo UE-Mercosul