Quem não está esquecendo palavras ou o celular na padaria não está normal

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Domingo eu estava falando pra minha mãe, enquanto almoçava na casa dela, que eu ando super distraída… Ela: “Magina, filha, você sempre foi super atenta.” Aí vim pra casa, procurei meu celular na bolsa, no bolso, no carro… nada. Liguei pra ele. Quem atendeu? Minha mãe. Ultimamente, quem não está esquecendo o nome da vizinha ou daquela coisinha onde guarda o documento do carro junto com a flanela e o controle da garagem, não está normal. Sendo objetivo: se você está muito adaptado a esse mundo tem alguma coisa errada com você.Quem nunca pegou o celular pra fazer um PIX e, quando se deu conta, não tinha tirado um real da conta, mas estava há 10 minutos vendo fotos da Virgínia e do Vini Júnior no Instagram?Uma burrada clássica da distração – que também pode ser chamada de sacanagem do inconsciente – é mandar um áudio pra pessoa de quem a gente está falando (geralmente mal). Às vezes, a gente dá a sorte de se tocar rápido e apagar. Fica escrito “Mensagem apagada”, o que já denota que você mandou algo e se arrependeu depois. Quando recebo uma dessas, me vem um misto de sentimentos: curiosidade, frustração e ódio, muito ódio. É tipo quando alguém fala: “Amiga, tenho uma coisa pra te contar!” A gente: “O quê???!!!” Ela: “Esquece.” Arghhhhh…Antigamente – apenas um chute – nossos pais dirigiam seus Chevettes com os olhos na pista e, eventualmente, apreciavam a paisagem. Hoje eu dirijo fazendo a lista de mercado, enquanto lembro que o passaporte do meu filho está pra vencer. Resultado: ao invés de chegar na porta da escola dele, acordo na porta do shopping.Cansada dessa palhaçada, resolvi tomar suplementos poderosos para cognição e atenção. Afinal, a medicina evoluiu muito nos últimos anos. Saí de casa confiante de que minha cabeça estava voando. Minha cabeça estava mesmo voando, só que em volta de Marte. Ou seja, não adiantou porcaria nenhuma. Provavelmente a farmacêutica lembrou que estava faltando papel-higiênico quando desenvolveu a fórmula. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Uma coisa curiosa que tem acontecido é que, quando vou contar pra alguém alguma das besteiras que fiz, não lembro qual foi. Talvez seja um mecanismo piedoso da minha mente para não querer me enforcar depois da quinta trapalhada do dia. O fato é que, independente de esquecer de apertar o botão do elevador (e parar no 12º) ou sair com a blusa do avesso, o importante é não esquecer de rir de si mesmo. Ah, lembrei! Porta-luvas.