Consórcio liderado pela Fictor se manifesta sobre compra do Master após operação da PF

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O consórcio de investidores globais liderado pela Fictor, que anunciou a compra do Banco Master nessa segunda-feira (17/11), se pronunciou sobre o negócio logo após a Polícia Federal prender dirigentes da instituição financeira e o Banco Central determinar a liquidação extrajudicial do Master.O grupo disse, em nota, que tomou conhecimento da Operação Compliance Zero pela imprensa. O consórcio afirmou que “a operação envolvendo o Banco Master estava integralmente condicionada à análise e à aprovação prévia dos órgãos reguladores”. “Desde o início, conduzimos todas as etapas com total transparência, responsabilidade e estrita observância aos ritos estabelecidos pelas normas legais”, declarou.O consórcio disse que reafirma “absoluto respeito ao Banco Central do Brasil e aos demais órgãos de segurança e controle, bem como nosso compromisso com a integridade, a transparência e a estabilidade do sistema financeiro brasileiro”.A Fictor disse que, “por se tratar de tema sob análise das autoridades, não comentará o mérito das investigações”.​Segundo o BC, a liquidação extrajudicial é o regime de resolução que se destina a interromper o funcionamento de uma instituição e promover sua retirada, de forma organizada, do sistema financeiro nacional. É adotada quando ocorrer situação de insolvência irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade, entre outras hipóteses legais.Operação Compliance ZeroA Polícia Federal prendeu o dono do Master, Daniel Vorcaro, o ex-sócio Augusto Lima e o tesoureiro Alberto Félix, além de cumprir mandados de busca e apreensão e medidas cautelares. O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, e o diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior, foram afastados dos cargos por 60 dias.As investigações tiveram início em 2024, após o Ministério Público Federal (MPF) apontar possível fabricação de carteiras de crédito insubsistentes por uma instituição financeira. Segundo a apuração, tais títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após fiscalização do Banco Central, substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.A fraude seria de aproximadamente R$ 12 bilhões, segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.