A escritora Eliana Alves Cruz, autora de sucessos como Solitária e Água de Barrela, comentou sobre o uso de inteligência artificial na literatura. Vencedora do Prêmio Jabuti em 2022 com o livro A Vestida, ela fala sobre a regulação para o uso da ferramenta.Participando da Feira Literária Internacional de Saquarema (FLIS), organizada pela Prefeitura de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, Eliana garantiu nunca ter usado a IA para escrever, o que não configura “juízo de valor”.2 imagensFechar modal.1 de 2A escritora Eliana Alves Cruz participa de uma feira literária em Saquarema, no Rio de JaneiroDivulgação2 de 2Ela lança um novo livro, chamado A MeridianaTomaz Silva/ Agência Brasil Leia também Celebridades SBT recria Hebe e Silvio Santos com inteligência artificial; confira Mundo Inteligência artificial autônoma vai transformar empregos já em 2026, prevê estudo Saúde Inteligência artificial pode montar dieta? Nutris alertam para riscos Ciência FIV: como inteligência artificial pode auxiliar na escolha de embriões “Nunca utilizei IA para escrever. Ainda não entrou na minha rotina e credito a isso algo da falta de hábito mesmo, não vai aí nenhum juízo de valor. A inteligência artificial já tem um impacto”, iniciou.“[A IA] Agiliza e facilita por um lado e, por outro, tem limites éticos no mínimo questionáveis. Acho que em breve precisaremos de alguma regulação, selos indicando o que foi e o que não foi feito com IA”, completou.Por fim, Eliana diz ser “curioso” que o “mercado e capitalismo não considerem que haja quem escreve porque gosta, porque ama e tem prazer com isso, sem sentir necessidade de delegar tal atividade para uma ferramenta fora de si”.Como podemos reagir? Resgatando em nós os propósitos que nos compelem a escrever. Isso máquina nenhuma copia.Eliana Alves CruzConheça Eliana Alves CruzEliana Alves Cruz é um dos maiores talentos da literatura brasileira contemporânea. Além de vencer o Jabuti em 2022, ela foi indicada ao International Emmy Awards 2024, pelo roteiro da minissérie Anderson Spider Silva.Agora, ela lança o livro Meridiana (ed. Companhia das Letras), um romance que narra dilemas e conquistas no processo de ascensão social de uma família negra durante três gerações.Em Meridiana, Eliana constrói uma narrativa engenhosa sobre o processo de ascensão social de uma família negra. Cada personagem — a mãe, o pai, os filhos e a filha — conta a própria história em primeira pessoa. São testemunhos de uma travessia que nunca é igual para ninguém. Ao explorar a pluralidade de vozes, a autora alcança a complexidade que dá ao processo sua fisionomia particular.