Avanços recentes na neurociência estão trazendo novas perspectivas sobre como o cérebro regula emoções como a ansiedade. Pesquisadores do Instituto de Neurociências em San Juan, na Espanha, identificaram um grupo de neurônios na amígdala que, quando excessivamente ativados, desencadeiam comportamentos ansiosos. O estudo publicado na revista iScience destaca o papel do gene GRIK4 e da proteína GluK4 na modulação dessa atividade neuronal.Como a excitação dos neurônios da amígdala afeta a ansiedade?Pesquisas em camundongos mostraram que a superexpressão do gene GRIK4 leva a maior excitabilidade dos neurônios da amígdala. Esse aumento de atividade está fortemente relacionado a comportamentos típicos de ansiedade.A hiperatividade da amígdala pode gerar respostas emocionais intensas mesmo sem a presença de ameaças reais, reforçando seu papel como um centro emocional fundamental.Como o controle genético pode influenciar?Reduzindo a expressão do GRIK4 nos neurônios da amígdala central, os cientistas observaram uma diminuição significativa dos comportamentos ansiosos nos camundongos. Isso sugere que a atividade excessiva pode ser controlada em nível genético.Essas descobertas abrem caminhos promissores para pesquisas sobre terapias genéticas direcionadas, com potencial para restaurar o equilíbrio emocional sem os efeitos colaterais dos tratamentos atuais.Quais as inovações sobre tratamentos para ansiedade?O estudo indica que futuras abordagens terapêuticas podem focar em circuitos cerebrais específicos, oferecendo maior precisão e menos efeitos colaterais. A atuação sobre neurotransmissores como o glutamato surge como estratégia promissora.Conheça abaixo alguns benefícios potenciais dessas terapias inovadoras que miram a raiz neural da ansiedade:Tratamento mais direcionado às áreas responsáveis pela emoção e ansiedadeRedução de efeitos colaterais em comparação com medicamentos convencionaisPossibilidade de intervenções personalizadas baseadas em perfil genéticoQuais os impactos da pesquisa?Apesar do potencial, o estudo foi realizado em camundongos e nem todos os resultados são imediatamente aplicáveis a humanos. Fatores ambientais e genéticos interagem de forma complexa na ansiedade humana.Avanços futuros exigirão estudos adicionais que explorem como esses mecanismos se manifestam em pessoas, o que será crucial para o desenvolvimento de novos tratamentos clínicos.FAQ sobre tratamento da ansiedadeComo esses avanços podem impactar o tratamento da ansiedade? Novos tratamentos podem focar em áreas específicas do cérebro, oferecendo soluções mais seguras com menos efeitos colaterais ao atingir diretamente os circuitos emocionais.A memória está ligada aos mesmos neurônios da ansiedade? A recuperação parcial das funções de memória sugere que aspectos como o reconhecimento de objetos podem depender de outras regiões além da amígdala.Como diferenciar ansiedade derivada de estímulos externos e internos? Embora fatores externos como estresse sejam conhecidos, alterações internas no cérebro, reveladas por esta pesquisa, também desempenham papéis críticos.Qual é a função do glutamato na resposta à ansiedade? Como principal neurotransmissor excitatório, o glutamato regula a atividade elétrica em circuitos emocionais, sendo um alvo potencial para novos tratamentos.O aprofundamento nos fatores cerebrais e genéticos que desencadeiam a ansiedade amplia as possibilidades para tratamentos futuros, trazendo esperança para abordagens cada vez mais precisas e eficazes.O post Nova descoberta revela como ‘desligar’ neurônios da ansiedade e mudar a forma de lidar com o estresse apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.