O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna nesta quarta-feira (19) para Belém (PA), para a reta final da Conferência sobre mudança climática das Nações Unidas. A volta de Lula acontece em meio a impasses nas negociações nos últimos dias da COP30.A CNN Brasil mostrou na semana passada que Lula avaliava retornar a Belém e que essa possibilidade alimentava as esperanças de quem acompanha as tratativas da conferência de que impasses pudessem ser solucionados.A ministra Marina Silva (Rede), do Meio Ambiente e Mudança do Clima, confirmou neste domingo (16) que Lula estará em Belém na quarta-feira ao ler um discurso enviado pelo presidente para o encerramento da Cúpula dos Povos.“Voltarei a Belém no dia 19 de novembro para encontrar o Secretário Geral da ONU em um esforço conjunto para fortalecer a governança do clima e do multilateralismo. Também vou participar de reuniões com vários países, representantes da sociedade civil, povos indígenas e populações tradicionais, e governadores e prefeitos”, disse Lula na mensagem lida por Marina. Leia Mais COP30 começa 2ª semana com apenas 23% do financiamento necessário Alckmin abre sessão de discussões políticas na última semana da COP30 Padilha promete ação contra médicos antivacina: "Não seremos lenientes" O presidente participou da cerimônia de abertura da COP30 há uma semana. Antes, havia estado na cidade para a Cúpula de Líderes, que antecede a conferência sobre mudanças climáticas.Lula volta a Belém em um momento em que a cidade recebe ministros estrangeiros que assumem as negociações em curso. Em sua maioria, são ministros da área de meio ambiente, com carta branca dos chefes de Estado de seus países para buscar um acordo nos pontos sensíveis que as áreas técnicas não conseguiram avançar na primeira semana.A presença de Lula teria o objetivo adicional de tentar, pelo menos, que sua ideia defendida nos discursos na Cúpula dos Líderes e na abertura da COP30 — de um mapa para o fim dos combustíveis fósseis — ao menos conste na declaração final como algo a ser trabalhado pelas próximas COPs.Esse item não está na negociação oficial, mas está no documento da presidência brasileira da COP como um tema prioritário de debate, o que ganhou força com a inclusão do assunto nos discursos de Lula.Na COP, a ministra Marina Silva é quem tem se dedicado mais ao assunto pelo Brasil. Ela tem dialogado com representantes de países europeus, como Alemanha, Dinamarca, França e Reino Unido, e africanos, como o Quênia. A ideia é convencer os países contrários ao mapa, como os do Oriente Médio, a aceitar pelo menos a sinalização de um plano de trabalho sobre o assunto a partir desta COP.COP30: Volta de Lula vira aposta para resolver impasses | CNN NOVO DIA