Em um julgamento acompanhado por todo o mundo, Sheikh Hasina, ex-primeira-ministra de Bangladesh, foi condenada nesta segunda-feira (17/11) à morte acusada de crimes contra a humanidade. O veredicto surge em um momento crítico para a política do país, prestes a realizar eleições legislativas, enquanto a população permanece dividida quanto à sua liderança passada.Como foi o julgamento de Sheikh Hasina?Hasina, atualmente com 78 anos, foi julgada à revelia após ter se refugiado na Índia desde que deixou Bangladesh em agosto do ano anterior. Durante o processo, foram apresentadas provas de ordens emitidas por ela para conter manifestações com uso de força letal, resultando em centenas de mortes.A condenação à pena máxima gerou repercussão mundial, refletindo o impacto do seu governo de 15 anos, que combinou crescimento econômico com repressão a dissidentes. O clima político no país permanece altamente polarizado.Como os protestos em Bangladesh cresceram rapidamente?Os protestos, iniciados em julho de 2024 por estudantes universitários, logo se transformaram em um movimento nacional contra Hasina. O descontentamento era motivado não só pelas cotas de emprego público, mas também por críticas ao autoritarismo do governo.A resposta violenta das forças de segurança rendeu forte condenação internacional. Segundo o tribunal, a repressão estatal causou a morte de mais de 450 pessoas, acirrando ainda mais a crise.Como ocorreu a fuga de Hasina?A fuga de Hasina aconteceu em meio à escalada das manifestações em Daca, quando ela deixou o país em um helicóptero. Sua decisão de buscar asilo na Índia evitou um confronto direto com a população e o governo interino.O asilo, entretanto, traz à tona questões diplomáticas delicadas. A relutância da Índia em extraditar Hasina, considerando a proximidade histórica entre os países, complica ainda mais a situação política na região.Quais são as principais repercussões políticas e sociais do julgamento?A condenação de Hasina intensificou ainda mais a tensão social e política no país às vésperas das eleições legislativas. O governo interino busca ganhar legitimidade e responder às demandas populares.Devido à importância do momento, é importante destacar alguns dos principais desafios enfrentados por Bangladesh após a condenação:Polarização da opinião pública e protestos contínuosDesafios para garantir eleições livres e justasPeso da pressão internacional sobre direitos humanosNecessidade de estabilizar a economia diante da crise políticaQual o legado econômico do governo Hasina?Durante seus 15 anos no poder, Hasina conduziu o país por um período de revitalização econômica. Sob sua liderança, Bangladesh tornou-se uma das economias emergentes mais promissoras da Ásia.Esse legado é fonte de debate entre críticos e apoiadores, tornando mais complexo o julgamento histórico sobre sua responsabilidade pelos acontecimentos de 2024. O ciclo eleitoral se tornará um verdadeiro barômetro da opinião pública sobre o impacto de Hasina. O desempenho do novo governo interino será fundamental para estabelecer estabilidade política e social. No cenário internacional, a transição de poder e a resposta às demandas populares definirão a reputação de Bangladesh e sua capacidade de superar um passado turbulento.FAQ sobre Sheikh HasinaPor que Sheikh Hasina foi condenada à morte? Ela foi condenada por crimes contra a humanidade durante a repressão violenta aos protestos em 2024.Como Sheikh Hasina conseguiu escapar de Bangladesh? Hasina fugiu do país em um helicóptero em agosto de 2024, durante a escalada das manifestações em Daca.Quais foram os principais sucessos econômicos de Hasina durante seu governo? Durante sua gestão, Bangladesh experimentou um crescimento econômico significativo, sendo considerada uma das economias mais promissoras da Ásia.A Índia pode extraditar Hasina de volta para Bangladesh? É improvável que a Índia extradite Hasina, dadas as suas ligações diplomáticas e consideração como aliada próxima.O post Condenação à morte de Sheikh Hasina abala Bangladesh e repercute no mundo apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.