O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a relevância da Cúpula dos Povos, que se encerrou no último domingo (16), como um evento crucial para a viabilização da COP 30. Em suas declarações, Lula anunciou que retornará a Belém na quarta-feira (19) para um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Em uma carta enviada à Cúpula dos Povos, lida pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, Lula enfatizou a necessidade de um diálogo abrangente com diversos países, representantes da sociedade civil, povos indígenas, populações tradicionais, governadores e prefeitos.O presidente condenou o negacionismo climático e ressaltou que as críticas da sociedade civil estão alinhadas com o conhecimento científico, destacando a urgência de decisões sobre transição justa e adaptação climática. “Não podemos sair de Belém sem decisões sobre esses temas! Os líderes mundiais que estiveram em Belém conheceram a realidade da Amazônia e entenderam que a divisão entre a humanidade não faz sentido”, declarou o petista.Durante o encerramento do evento, uma carta foi lida criticando o que a Cúpula dos Povos classificou como falsas soluções para a crise climática. Este documento, entregue ao presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, será apresentado nas reuniões que começam nesta segunda-feira (17). O texto aponta o modo de produção capitalista como a principal causa da crise climática e faz um apelo pela proteção dos territórios indígenas e comunidades locais, além de defender a reforma agrária popular. O documento também critica o avanço da “extrema direita”, do “fascismo” e das guerras globais, manifestando apoio ao povo palestino e condenando ações dos Estados Unidos no Mar do Caribe. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp A Cúpula dos Povos, evento paralelo à COP 30, reuniu mais de cem movimentos populares e organizações sociais do Brasil e de mais de 60 países. O encontro serviu como um espaço de discussão e articulação de propostas para enfrentar a emergência climática, destacando a importância da participação popular e da crítica às soluções que não abordam as causas estruturais da crise ambiental. A mobilização reforça a necessidade de ações concretas e urgentes para mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover justiça social e ambiental.*Com informações de Camila Yunes Leia também COP30: Marcha pelo Clima reúne cerca de 70 mil pessoas em Belém COP chega a 3 décadas com acordos ofuscados pelo fracasso em reduzir as emissões