Direita chilena tenta volta em eleição dominada por debate sobre segurança

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Os chilenos estão votando em uma eleição neste domingo que opõe a coalizão esquerdista governista a uma série de candidatos de direita na disputa pela Presidência e que também redefinirá a legislatura do país.As urnas foram abertas às 8h no horário local e devem fechar às 18h (mesmo horário de Brasília), mas permanecerão abertas se houver filas de eleitores. Resultados iniciais são esperados rapidamente, com a apuração completa finalizada em poucas horas.Há oito candidatos na disputa pela Presidência e não se espera que nenhum deles obtenha os 50% mais um voto necessários para vencer a eleição em primeiro turno, o que levaria a um segundo turno entre os dois primeiros candidatos em 14 de dezembro.Lei chilena proíbe pesquisas 15 dias antes das eleições, mas os últimos dados mostraram Jeannette Jara, a candidata da coalizão governista, do Partido Comunista, na liderança, com o candidato de extrema direita José Antonio Kast, do Partido Republicano, em segundo lugar.A experiente política de centro-direita Evelyn Matthei, ex-prefeita e ex-senadora, liderou as primeiras pesquisas, mas caiu nos últimos meses e tem disputado o terceiro lugar com o libertário Johannes Kaiser, do Partido Libertário Nacional. Três pontos para entender as eleições presidenciais do Chile deste domingo Urnas abrem no Chile para eleições presidenciais neste domingo (16) Equador realiza referendo neste domingo; entenda o que está em jogo Crime e imigração dominaram a agenda eleitoral, muito longe da onda de otimismo da esquerda e das esperanças de redigir uma nova constituição que levou o atual presidente Gabriel Boric ao poder. Ele não pode concorrer à reeleição.Outra mudança em relação à eleição anterior é o voto obrigatório para os 15,7 milhões de eleitores registrados. A eleição anterior registrou uma taxa de abstenção de 53% no primeiro turno e o grande número de residentes apáticos ou indecisos aptos a votar adiciona um fator imprevisível à disputa.“É um cenário sem precedentes pelo qual não passamos e que está acontecendo em uma eleição presidencial”, disse Guillermo Holzmann, analista político da Universidade de Valparaíso, que acrescentou que a votação seria muito difícil de prever, acrescentando que pesquisas na Argentina, Bolívia e Equador não conseguiram prever os resultados recentes.“(Novos eleitores) não pensam em termos de esquerda, direita ou centro, eles pensam em termos de quais mudanças são necessárias e o que os beneficiará”, disse ele.A maior parte do Congresso também está em disputa, com a totalidade dos 155 membros da Câmara dos Deputados e 23 das 50 cadeiras do Senado do país em disputa.A coalizão esquerdista que governa o país tem atualmente uma minoria em ambas as câmaras e é possível que, com a eleição deste domingo, o Congresso e a Presidência passem a ser ambos controlados pela direita pela primeira vez desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet em 1990.Veja o que esperar das eleições presidenciais no Chile | AGORA CNN