Escolhido para assumir a presidência do Banco de Brasília (BRB), Nelson Antônio de Souza é servidor da Caixa Econômica Federal desde 1979.A troca na alta cúpula do BRB ocorre após a Operação Compliance Zero, deflagrada nessa terça-feira (18/11), que resultou no afastamento presidente, Paulo Henrique Costa, e do diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior.Na Caixa Econômica Federal, Nelson Souza assumiu o cargo de presidente da instituição em 2018, durante a gestão de Michel Temer (MDB). Antes, o bancário atuou como presidente do Banco do Nordeste. Leia também Grande Angular Ex-presidente da Caixa, Nelson Souza é indicado para assumir o BRB Grande Angular Justiça retifica decisão e retira BRB de bloqueio de R$ 12 bilhões Ele também passou pelo Desenvolve SP – Banco do Empreendedor do Estado de São Paulo, com indicação do então governador João Doria, e pela Brasilcap. Nelson Souza ocupava, até então, a vice-presidência da Elo.Nelson Souza é ligado ao senador e presidente do PP, Ciro Nogueira, e ao ex-secretário de Economia do DF Ney Ferraz Júnior.TrocasInicialmente, Celso Eloi, também da Caixa, foi o escolhido de Ibaneis. Porém, o governador acabou o direcionando para função de diretor e optou por Nelson Souza para a principal cadeira da instituição financeira.3 imagensFechar modal.1 de 3Nelson Souza, da CaixaJosé Cruz/Agência Brasil2 de 3Celso EloiReprodução/redes sociais3 de 3Paulo Henrique Costa, presidente do BRBIbaneis disse ao Metrópoles que Nelson Souza foi a primeira pessoa que ele convidou para assumir o BRB em 2019, após a eleição. “À época, ele preferiu ficar na Caixa, tendo sido presidente do Conselho de Administração do BRB. É um dos maiores profissionais de mercado financeiro e tem larga experiência. O BRB continuará crescendo e se fortalecendo com essa nova gestão”, afirmou o governador.Nesta quarta-feira (19/11), o BRB informou que vai contratar uma auditoria externa para avaliar decisões da instituição financeira e investigar pontos levantados pela investigação.“O BRB reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado, e que o Conselho de Administração seguirá acompanhando de forma contínua os desdobramentos dos fatos, mantendo seus acionistas e o mercado devidamente informados”, diz o comunicado.As indicações precisam ser aprovadas pelo Banco Central e pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).