O dólar segue firme em sua trajetória de baixa no médio prazo, segundo o BTG Pactual. No entanto, o real brasileiro mostra um ganho de força relativa, mesmo em um ambiente de fortalecimento global da moeda norte-americana desde meados de setembro.Segundo a análise técnica do banco divulgada nesta semana, a virada estrutural do par foi marcada pela formação e confirmação da figura de ombro-cabeça-ombro (OCO) entre julho de 2024 e abril de 2025 — padrão clássico de reversão.CONFIRA: Está em dúvida sobre onde aplicar o seu dinheiro? O Money Times mostra os ativos favoritos das principais instituições financeiras do país; acesse gratuitamenteDesde então, o gráfico apresenta topos descendentes e aumento gradual da pressão vendedora.Na última semana, o dólar voltou a testar a média móvel de 200 semanas, em R$ 5,2760, que segue como principal suporte do médio prazo e ponto de definição da tendência.A perda desse patamar confirmaria a continuidade da reversão e poderia levar a novas mínimas, destacam os analistas. O BTG observa que, apesar do fortalecimento do Dollar Index (DXY) — que mede a força do dólar frente uma cesta de moedas globais — nos últimos meses, o real permanece resiliente, apoiado pela força de moedas emergentes e por um diferencial de juros atrativo.O BTG reforça que o dólar em relação ao real mantém uma estrutura clara de topos e fundos descendentes, com um cruzamento de baixa da média móvel de 200 dias desde abril.O preço voltou a testar a mínima do ano em R$ 5,2710, e embora ainda não tenha rompido a miníma, o viés de queda permanece. As resistências relevantes ficam em R$ 5,40 (topo de início de novembro) e R$ 5,50 (13 de outubro).A perda da mínima anual pode ativar um novo pivô de baixa, com próximos suportes projetados em R$ 5,12 e R$ 5,00.DXY tenta recuperação, mas falha em resistênciaO DXY encerrou a última semana com queda de 0,28%, após testar a forte resistência em 100,500 pontos — região que exerce papel de troca de polaridade desde 2015, alternando entre suporte e resistência.O relatório lembra que essa faixa é um ponto de inflexão histórico, frequentemente associada a reversões ou desacelerações de tendência.Entre janeiro e julho de 2025, o índice acumulou queda de 12,45%, enquanto o movimento recente de recuperação desde 15 de setembro somou apenas 3,10%, insuficiente para alterar a tendência de médio prazo, que permanece baixista. Nos tempos gráficos menores, o DXY exibe tentativa de recuperação, com cruzamento de alta das médias móveis de 21 e 50 dias. Ainda assim, enfrenta forte resistência entre 100,000 e a média móvel de 200 dias (100,040).O gráfico indica que o índice pode consolidar entre as médias de 21 e 200 dias, mas a retomada firme da baixa exige rompimento da média de 50 dias em 98,570. Em comparação com o dólar, o euro mantém tendência de alta no médio prazo, mas mostra fraqueza no curto prazo, com cruzamento de baixa nas médias móveis de 21 e 50 dias e dificuldade em renovar máximas.As resistências estão em 1,1675 e 1,1835, enquanto o principal suporte é a média móvel de 200 dias em 1,1390.Ata do FED e o balanço da Nvidia movimentam os mercados; confira análise no Giro do Mercado: