Petista quer convocar Bolsonaro para depor na CPMI do INSS

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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) anunciou que solicitará a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O objetivo é que Bolsonaro preste esclarecimentos sobre um decreto de sua gestão que autorizou a concessão de empréstimos consignados a pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).A medida, implementada às vésperas das eleições, também se estendia aos beneficiários do então Auxílio Emergencial. Segundo Pimenta, a iniciativa resultou em um índice de inadimplência alarmante, que chega a 88%. “Tem que trazer aqui, eu vou apresentar um requerimento para convocar o Bolsonaro”, declarou o parlamentar. Além do ex-presidente, o deputado pretende chamar para depor o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, o ex-presidente do INSS, José Carlos Oliveira, e os ex-presidentes da Caixa Econômica Federal, incluindo Pedro Guimarães.Durante a sessão da CPMI, foi apresentado o caso de uma criança de 7 anos que acumulou uma dívida superior a R$ 70 mil devido a um desses empréstimos, no qual os descontos atingiam 40% do valor do benefício.O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), informou que o colegiado irá solicitar ao governo a suspensão por seis meses de todos os contratos de empréstimo para beneficiários do BPC. A intenção é que, nesse período, seja realizada uma auditoria para apurar as irregularidades.O escândalo envolvendo o INSS veio à tona a partir de uma série de reportagens do jornal Metrópoles iniciada em dezembro de 2023. As publicações revelaram que a arrecadação de entidades com descontos de mensalidades de aposentados havia alcançado R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações enfrentavam milhares de processos por fraudes em filiações de segurados. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp As reportagens subsidiaram a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) e as investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). As apurações culminaram na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, que resultou nas demissões do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em Brasília, aguarda a possibilidade de ter sua prisão decretada em regime fechado após condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 27 anos por sua participação na trama golpista. Leia também Presidência brasileira da COP30 publica primeiro rascunho de compromisso Renan cancela reunião da CAE após Câmara sinalizar que não votaria projeto das bets