A Polícia Federal prendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília na madrugada deste sábado (22). A prisão foi solicitada pela própria PF e autorizada por Alexandre de Moraes, em decisão que deverá ser referendada pela Primeira Turma do STF em reunião virtual na segunda-feira. Dois elementos principais fundamentaram a decisão. O primeiro foi a convocação de uma vigília em frente ao condomínio onde Bolsonaro reside, feita por Flávio Bolsonaro por meio de um vídeo nas redes sociais. O segundo elemento foi uma suposta tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica, registrada durante a madrugada. A explicação é do analista Pedro Venceslau ao Agora CNN.Localização e MobilidadeA residência de Bolsonaro está localizada a apenas 13 quilômetros do Setor de Embaixadas Sul, um trajeto que pode ser percorrido em aproximadamente 15 minutos de carro. No entanto, Bolsonaro encontrava-se em prisão domiciliar e sob vigilância constante. Leia mais Análise: Papel de Flávio foi crucial para pedido de prisão de Bolsonaro Análise: prisão de Bolsonaro acena para 2026 e torna Flávio protagonista Moraes decretou prisão minutos após tornozeleira de Bolsonaro ser violada Divergências JurídicasAlguns juristas questionam a decisão. O advogado constitucionalista André Marsiglia argumenta que não há na legislação elementos que indiquem que vigília ou tumulto justifiquem a prisão de alguém, destacando que a Constituição proíbe a punição por atos de terceiros. Por outro lado, outros especialistas defendem que a organização da vigília pode ser considerada uma quebra do acordo com o STF.Impacto PolíticoA prisão preventiva ocorre em um momento em que uma série de agendas estavam sendo organizadas para preparar as bases políticas para 2026. Com a medida, Bolsonaro terá restrições de comunicação, podendo receber apenas advogados, médicos e filhos. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.