Ministros de Lula, Boulos e Gleisi comentam prisão de Bolsonaro

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Apesar de uma orientação de Lula para que base do governo não comemorasse a prisão de Bolsonaro, os ministros Guilherme Boulos e Gleisi Hoffman foram às redes sociais para comentar a detenção.A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais começou mais comedida, e elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), de maneira institucional. “A prisão preventiva de Jair Bolsonaro segue rigorosamente os ritos do devido processo legal, observado pelo Supremo Tribunal Federal e pela Procuradoria-Geral da República em cada etapa da ação penal contra a tentativa de golpe de estado no Brasil“, escreveu a ministra.Depois, no entanto, Gleisi subiu o tom contra Bolsonaro, chamando-o de “chefe da organização golpista“. “Na democracia, a Justiça se cumpre”, finalizou a ministra.Já o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, em publicação curta, usou tom mais celebratório. Ele disse que a prisão de Bolsonaro é “um grande marco para a nossa história” e exclamou: “Ditadura nunca mais”.A prisão do ex-presidente foi motivada por “garantia da ordem pública”, segundo a PF. O filho mais velho de Bolsonaro, Flavio, havia marcado uma vigília na frente do condomínio do capitão da reserva para a noite deste sábado. Ainda de acordo com a decisão de Moraes, o ex-presidente teria tentado violar a tornozeleira eletrônica.Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PFA decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão.Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pelo STF.Em 11 de setembro, por 4 votos a 1, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.A maioria dos réus foi condenada a mais de 20 anos de prisão em regime fechado. Apesar da definição do tempo de condenação, Bolsonaro e os demais não vão ser presos imediatamente. Eles ainda podem recorrer da decisão e tentar reverter as condenações. Somente se os eventuais recursos forem rejeitados, as prisões poderão ser efetivadas.Na última sexta-feira (21), a defesa do ex-presidente havia pedido a Moraes, que o capitão cumpra a sua pena de 27 anos e três meses em casa. Os advogados argumentam que ele não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum, e que isso apresentaria risco a sua vida. “A situação de saúde do Peticionário já se encontra profundamente debilitada”, diz o texto. Também, no mesmo requerimento, a defesa avisa que pretende recorrer utilizando embargos infringentes ao STF sobre a condenação do ex-presidente.