A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem marcada para a manhã desta terça-feira (18) a oitiva de duas testemunhas. A reunião começa às 9h.Um dos depoentes é Cecília Rodrigues Mota, apontada pela PF (Polícia Federal) como presidente de fachada de associações usadas para aplicar golpes em aposentados e pensionistas.Requerimentos de convocação citam que Cecília exerceu a presidência de duas das mais proeminentes entidades investigadas, a AAPB (Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil) e a AAPEN (Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional). Leia Mais Governo sabe estrago político do esquema no INSS, diz Carlos Viana à CNN Fraude no INSS: presidente de entidade foragido deve se apresentar à PF Depoentes apresentam HC e atestado, e CPMI do INSS cancela sessão desta 2ª Como mostrou a CNN Brasil, entre 2 de janeiro de 2024 e 12 de novembro de 2024, Cecília realizou 33 viagens, incluindo visitas a Dubai, Paris e Lisboa. “Em vários dos traslados, ela estava acompanhada de beneficiários diretos dos repasses financeiros”, apontou relatório da PF.O outro nome a ser ouvido é o de João Carlos Camargo Júnior, que é descrito como “alfaiate dos famosos”. Ele é sócio administrador da Mkt Connection Group LTDA, que teria recebido repasses de dezenas de milhões de reais da Associação Amar Brasil Clube de Benefícios.Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) recebido pela CPMI identificou transferências de mais de R$ 24 milhões realizadas pela associação à empresa do alfaiate.CPMI canceladaNesta segunda-feira (17), a sessão da CPMI do INSS foi cancelada após os depoentes previstos apresentarem habeas corpus e atestado. A sessão deveria ouvir o empresário Thiago Schettini, um dos alvos das investigações do esquema de fraudes, mas ele apresentou um habeas corpus recente.Além dele, a CPMI deveria ouvir Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do INSS, que apresentou, na semana passada, um atestado médico alegando não ter condições de prestar o depoimento.Operação da PF impulsiona CPMI do INSS a mirar “núcleo político” de fraudes | AGORA CNN