Cenário brasileiro vai ficar catastrófico no pós-eleição?

Wait 5 sec.

O Brasil enfrenta uma “armadilha populista” que dificulta reformas fiscais e a redução de gastos, segundo Ivan Barboza, sócio e gestor da Ártica Capital. Para ele, incentivos fiscais e programas sociais mal estruturados criam um ciclo de redistribuição de recursos que aumenta desigualdades e reduz a produtividade econômica, mantendo a população dependente do Estado.Barboza afirma que parte do problema está na percepção da população sobre impostos: muitos cidadãos não sentem o peso dos tributos embutidos no consumo, o que torna impopulares medidas de corte de gastos.Veja mais: Bolsa ainda barata? Gestores da Hix Capital apostam em ações imunes ao ritmo do PIBE também: ETFs ganham espaço em meio à concentração de gigantes no IbovespaInfluência de grupos de interesse na política fiscalO gestor também criticou a influência de grupos de interesse na política fiscal. Segundo ele, empresas e setores organizados conseguem benefícios e regimes especiais, aumentando os gastos do Estado sem melhorar a eficiência. “Todo grupo que consegue força política suficiente para fazer lobby vai lá e busca benefícios fiscais… Benefício fiscal é gasto do Estado. E todo mundo acaba fazendo isso”, explicou.A análise de Barboza foi feita durante participação no podcast Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo. O gestor apontou que programas sociais, como o Bolsa Família, podem gerar incentivos perversos à informalidade e à subdeclaração de renda, criando desafios adicionais para a produtividade e a justiça fiscal.Leia tambémO que está acontecendo com a bolsa brasileira?Apesar do desempenho, analistas alertam que os riscos estruturais e políticos do país continuam limitando perspectivas de crescimento sustentável do mercado.Investidor mantém otimismo com Bolsa, mas aguarda novo catalisador após raliA mensagem geral das empresas foi de uma clara desaceleração do crescimento econômico e dos lucros, porém com notável resiliênciaMudanças estruturais cada vez mais longeSegundo ele, mesmo que os políticos fossem “perfeitos”, a combinação de interesses corporativos, lobby e comportamento da população impede mudanças estruturais. “Mesmo com políticos perfeitos, eles poderiam ser corrompidos de novo. O problema não está só nos políticos, está também na população”, afirmou.The post Cenário brasileiro vai ficar catastrófico no pós-eleição? appeared first on InfoMoney.