Hapvida (HAPV3): após poeira baixar, o que fazer com as ações? Nova tese ganha força

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Os últimos dias têm sido de fortes discussões sobre as ações da Hapvida (HAPV3). Isso em meio à derrocada de 48% registrada em apenas 4 sessões (de quinta até o pregão de terça-feira), com uma baixa notória na última quinta-feira (13), quando caiu 42,21% como reação aos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Assim, em poucos dias, a ação passou de R$ 32,69 para R$ 17. Apesar da visão bem mais cautelosa de analistas para os números à frente da companhia, parte deles também aponta uma reação exagerada do mercado. Assim, mesmo passando o “facão” nas projeções, equipes de análises de grandes bancos seguem com recomendação de compra para HAPV3 ao observarem ainda bom potencial de alta para as ações. Na véspera, o Goldman Sachs cortou o preço-alvo em 46,43%, passando de R$ 56 para R$ 30, de forma a incorporar o balanço do 3T25 e novas tendências operacionais. Contudo, a recomendação segue de compra, mas por uma justificativa diferente da que tinha antes do balanço.A tese anterior para a tese positiva nas ações se baseava, entre outros tópicos, em uma margem relevante de crescimento e melhoria de margem em 2026, pois acreditava que a empresa tivesse superado, pelo menos parcialmente, os atritos comerciais em São Paulo e que a rentabilidade da empresa na operação do Sudeste estava evoluindo, uma previsão que se mostrou equivocada.No entanto, observa a queda desde a divulgação dos resultados do 3º trimestre de 2025 (de um patamar que já era praticamente a mínima histórica da ação) que, na opinião do banco, mais do que reflete a incerteza das perspectivas operacionais da empresa, deixando um potencial de queda limitado levando em conta os níveis atuais. Agora, o banco vê a HAPV3 sendo negociada a um P/L, ou preço sobre lucro, ajustado para o final de 2026 de aproximadamente 7 vezes. O atual preço-alvo, de R$ 30, corresponde a um potencial de alta de 76% em relação ao fechamento da véspera. Leia tambémIbovespa Hoje Ao Vivo: Bolsa cai e tenta manter os 156 mil pontosBolsas dos EUA avançam à espera do balanço da Nvidia Hapvida (HAPV3) despenca no ano: há chance de reação?Hapvida (HAPV3) derrete no ano e tendência segue vendedora; confira análiseNa mesma linha, o Morgan Stanley reiterou nesta semana recomendação de compra para os ativos, apesar de ter cortado o preço-alvo em 58%, indo de R$ 59,50 para R$ 25. Ainda assim, o potencial de valorização é de 47% frente o fechamento de terça-feira. Os analistas do banco apontam que o resultado abaixo do esperado no 3T25 mudou a sua tese, tendo premissas conservadoras sobre preços, crescimento e margens. Contudo, embora os catalisadores permaneçam limitados, os analistas acreditam que a queda recente das ações é exagerada.O banco vê que a intensificação da concorrência e os riscos regulatórios limitam o poder de precificação, com a deterioração do mix de produtos e as potenciais guerras de preços representando novas ameaças às margens.O crescimento dos beneficiários permanece moderado em meio aos ventos contrários macroeconômicos, enquanto as pressões sobre as margens são em grande parte comerciais, parcialmente compensadas pela concentração no Nordeste e pela verticalização.“Apesar dos fortes ventos contrários e dos catalisadores limitados, nosso preço-alvo de R$ 25 por ação implica um potencial de valorização de mais de 45%, criando uma oportunidade após a forte queda”, avalia o Morgan.Para os analistas, embora seja improvável que surjam grandes catalisadores para uma valorização significativa, um 4T25 “normalizado” — pressionado, mas sem novas preocupações — poderia permitir que as ações atingissem o novo preço-alvo, mais modesto. “Dito isso, a perspectiva continua desafiadora”, avalia.Os riscos, pondera, permanecem elevados — concorrência de preços, aperto regulatório e restrições de liquidez das ações. Contudo, as expectativas deprimidas também mostram que uma estabilização operacional modesta pode ser suficiente para que as ações recuperem parte da queda. “A geração de caixa nunca foi um problema estrutural e ainda esperamos que a Hapvida financie seus planos de expansão, apesar dos desafios”, conclui a equipe de análise.Cabe destacar que, na última semana, diversas casas – como BTG Pactual e Bradesco BBI – já haviam cortado as projeções para HAPV3, mas mantendo compra para os ativos. Enquanto isso, algumas casas, como o JPMorgan, cortaram a recomendação para as ações após o balanço. Isso se reflete no compilado de recomendações da LSEG: se, em outubro, 11 casas possuíam recomendação de compra para HAPV3 e apenas uma era neutra com o papel, atualmente 8 possuem recomendação de compra e 4 possuem manutenção. A visão majoritária ainda é de oportunidade para as ações apesar dos desafios, mas uma parte do mercado ainda não recomenda exposição ao papel. The post Hapvida (HAPV3): após poeira baixar, o que fazer com as ações? Nova tese ganha força appeared first on InfoMoney.