O assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, no litoral paulista, levou o governo estadual a pensar em mudanças no protocolo de segurança para autoridades da área. A partir de agora, membros da cúpula policial e servidores que ocupem postos estratégicos podem ter direito a escolta automática, sem necessidade de solicitação prévia. De acordo com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), isso será avaliado formalmente pelo governo.O assassinatoRuy Ferraz foi executado nesta segunda-feira (15), em Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração da prefeitura. Com mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, ele ficou conhecido pelo enfrentamento direto ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e chegou a indiciar toda a cúpula da facção criminosa em 2006, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.“O Estado sempre vai vencer”O governador Tarcísio de Freitas lamentou o crime e defendeu o reforço da proteção para quem atua no combate ao crime organizado: “É fundamental que as autoridades de segurança pública tenham garantias para exercer sua função sem temer por suas vidas.”Também aproveitou a oportunidade para exaltar as forças policiais de São Paulo e o Governo: “O Estado não pode permitir que criminosos ameacem ou intimidem aqueles que dedicam suas carreiras à defesa da sociedade. Existe uma disputa de espaço entre Estado e crime organizado. O Estado sempre vai vencer!”Quem era Ruy Ferraz Fontes?Formado em Direito e com especialização em Administração Pública, Ruy teve passagens por unidades de elite como o Deic, o Denarc e o DHPP. Também participou de treinamentos internacionais em combate ao narcotráfico e antiterrorismo. Desde janeiro de 2023, exercia a função de secretário de Administração de Praia Grande, cargo que ocupava até ser morto. Leia também Carros usados no assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes eram roubados Tarcísio lamenta morte de ex-delegado e promete punir responsáveis 'com todo rigor da lei'