O governo brasileiro não convidou os Estados Unidos para a cúpula sobre democracia que será realizada na próxima semana, em Nova York, paralelamente à Assembleia Geral da ONU. A decisão marca uma mudança em relação a 2024, quando os americanos participaram do encontro. A exclusão está relacionada ao retorno de Donald Trump à presidência e às posições defendidas pelo republicano, consideradas incompatíveis com a proposta do evento, que busca debater ameaças globais à democracia e ao avanço do extremismo.No ano passado, participaram líderes ou representantes de cerca de 30 países, entre eles Espanha, França, México, Canadá, Chile, Colômbia e Noruega, além dos próprios Estados Unidos. Neste ano, todos os convidados de 2024 foram chamados novamente, com exceção das nações que tiveram mudanças de governo para a direita. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Integrantes do governo brasileiro afirmam que incluir Washington agora poderia ser interpretado como provocação. O mesmo critério, segundo eles, explica a ausência de convites a países como a China, que não são considerados modelos democráticos. Além disso, o Palácio do Planalto não pretende marcar reuniões bilaterais com representantes do governo Trump, nem mesmo para tratar da tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros. Para assessores de Lula, as atuais circunstâncias não permitem uma conversa produtiva entre os dois países, embora não se descarte um eventual encontro caso parta de iniciativa americana. Leia também Milei realizará reunião bilateral com Trump na terça Trump ameaça Venezuela com consequências 'incalculáveis' caso não aceite seus presos de volta *Com informações do Estadão ConteúdoPublicado por Sarah Paula