Desde o dia 16 de setembro o Banco Central (BC) vem promovendo um treinamento técnico aprofundado sobre tokenização para servidores do Departamento de Regulação (Denor). A iniciativa integra o programa de formação contínua da autarquia e visa ampliar a base técnica sobre conceitos, benefícios, riscos, boas práticas e referenciais nacionais e internacionais aplicáveis a ativos digitais.O conteúdo aborda fundamentos de tokenização, casos de uso no sistema financeiro, governança, auditoria, transparência, vetores de risco e formas de mitigação, além de aspectos de redes tecnológicas descentralizadas.O treinamento, que termina na terça-feira (23), é conduzido por Caroline Nunes, fundadora da InspireIP e diretora da AbToken, e por Luciana Simões Rebello Horta, sócia e VP do b/luz Advogados, ambas com ampla formação acadêmica e experiência em Direito e tecnologia.Caroline destaca a importância da atualização técnica dos reguladores para equilibrar inovação, disciplina de mercado, proteção ao usuário e estabilidade.“Ver o regulador aprofundando a parte técnica é bastante positivo para equilibrar a disciplina de mercados disruptivos, proteção ao usuário, estabilidade e a inovação saudável. Nosso objetivo é oferecer insumos práticos que contribuam para a análise de benefícios, riscos e mecanismos de transparência nas operações de tokenização e permitam o desenvolvimento de regulamentação sólida e sofisticada”, afirma Caroline.Leia também: O que é tokenização de ativos do mundo real?Com essa capacitação, o Banco Central reforça sua base técnica para desenvolver políticas e regulamentos sólidos e sofisticados, além de dialogar com sociedade, mercado e reguladores internacionais. Tokenização e DrexUm dos principais casos relacionados a tokenização do Banco Central é o Drex, que inicialmente era pensado como uma CBDC baseada em blockchain, mas que deixou de usar essa tecnologia por enquanto. Segundo Fabio Araújo, coordenador do projeto, a blockchain, embora eficiente e econômica, expõe informações sensíveis — um problema diante da LGPD e da Lei de Sigilo Bancário.Leia também: Nem real digital e nem blockchain: entenda como o Banco Central transformou o DrexPor isso, o BC está buscando alternativas para tokenização de ativos reais (RWA) fora de DLT, com uma arquitetura que seja segura do ponto de vista regulatório e compatível com privacidade financeira.Em resumo, o Drex não é mais sobre blockchain, mas sim sobre soluções de tokenização úteis, regulatoriamente seguras, que promovam eficiência no crédito e nas transações financeiras.Mas para ganhar maturidade, Drex deve começar com casos simples e reais, de acordo com o CEO da Parfin, Marcos Viriato, ou seja, que fique de pé em privacidade, programabilidade e disponibilidade, para depois escalar.Viriato reforça a ideia de iniciar com um caso quase produtivo, simples, para amadurecer tecnicamente e regulatoriamente antes de avançar para múltiplos casos complexos.Em resumo, o “programa” é a estratégia de implementação gradual do Drex, começando com um caso de uso real e simples para testar privacidade, programabilidade e escalabilidade antes de expandir.No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. Para cada amigo que abrir uma conta e investir, vocês ganham recompensas exclusivas. Saiba mais!O post Banco Central realiza treinamento em tokenização para reguladores apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.