Em evento com empresários em São Paulo, o ex-presidente Michel Temer (MDB) criticou, nesta segunda-feira (22/9), o governo dos Estados Unidos pela aplicação da Lei Magnitsky contra a advogada Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).“Quero manifestar meu desagrado com essa última manifestação dos Estados Unidos, em relação à esposa do ministro Alexandre de Moraes. Nós temos uma regra no nosso sistema jurídico, que diz ‘a pena nunca pode passar do réu’. Se há uma pena contra o ministro Alexandre de Moraes, ele não poderia ultrapassar o ministro Alexandre de Moraes”, disse Temer no MacroDay, evento promovido pelo Banco BTG em um hotel na zona sul da capital paulista.“O gesto de hoje de aplicar aquela Lei Magnitsky à senhora esposa do ministro do Supremo e outras tantas medidas que poderão vir inadequadamente na relação Brasil-Estados Unidos. Nós temos uma relação de relacionamento muito adequada com os Estados Unidos, como temos com a China e com todos os países. Porque o multilateralismo é fundamental”, acrescentou o ex-presidente. Leia também São Paulo Haddad desiste de ir aos EUA e pressiona Congresso a votar IR São Paulo Motta vê direita “desorganizada” e se esquiva sobre apoio a Tarcísio São Paulo Nova negativa de Tarcísio sobre candidatura ao Planalto divide aliados São Paulo Tarcísio sobre anistia: “O esforço que tinha que ser feito, foi feito” Alexandre de Moraes fala sobre sanção contra a esposaO ministro Alexandre de Moraes emitiu uma nota sobre a aplicação da sanção americana contra a esposa. Para Moraes, a medida é “ilegal e lamentável”. Com a aplicação da Magnitsky, Viviane não poderá entrar nos Estados Unidos, nem fazer transações comerciais com empresas americanas. A sanção já havia sido aplicada contra o ministro em julho.Moraes foi indicado ao STF pelo então presidente Michel Temer em fevereiro de 2017. Antes disso, o magistrado era Ministro da Justiça no mandato do emedebista.O ex-chefe do Planalto participou de painel com os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia (PSD-RJ).