O mini-índice (WINV25), ou Ibovespa futuro, encerrou esta quinta-feira (18) em leve queda de 0,22%, aos 146.736 pontos, acompanhando o movimento de realização de lucros no mercado doméstico, impulsionado pela decisão, da véspera, do Comitê de Política Monetária (Copom).A análise técnica do BTG Pactual desta quarta-feira (17), no entanto, mencionou que a tendência é de continuidade da alta recente.Segundo os analistas, o que sugere isso foi o rompimento dos 146.100 pontos, o que confirmaria um pivô de alta com alvo em 150.230. O primeiro suporte relevante está na média de 50 períodos, em 144.200.Já o dólar futuro para outubro recuou 0,12%, negociado a R$ 5,3200, seguindo com o viés vendedor consolidado, já operando em níveis de junho de 2024.O BTG, mais cedo, mencionou que a média móvel de 21 períodos, em 5.335, era a principal resistência de curto prazo, e um eventual recuo até esse patamar não descaracterizará a tendência de baixa. O próximo alvo de queda projetado está em 5.295.Estados Unidos e dólar futuroNo lado fundamentalisma, o mercado, hoje, continuou a repercutir as decisões monetárias da véspera.O Federal Reserve (Fed), ontem, reduziu sua taxa básica em 25 pontos-base, para o intervalo de 4% a 4,25%, e sinalizou mais duas quedas de mesma magnitude até o fim do ano.Usualmente, recuo de taxas de juros nos EUA enfraqueceria o dólar, tornando bonds americanos menos atraentes. No entanto, outro dado impulsionou os treasuries yields e a divisa norte-americana.O Departamento do Trabalho informou hoje mais cedo que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram em 33 mil, para 231 mil na semana encerrada em 13 de setembro, número abaixo da expectativa de 240 mil.O dado destoou de outros indicadores recentes que vêm apontando enfraquecimento do mercado de trabalho.O DXY, índice que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas, com isso, subiu 0,35%, aos 97,358 pontos, por volta das 18h30.Copom fortalece real mas derruba mini-índiceJá no Brasil, o dólar futuro caiu frente ao real após, também ontem, o Copom manter a Selic em 15% ao ano e reforçar a mensagem de que os juros permanecerão nesse patamar por período prolongado.De acordo com Iana Ferrão, economista do BTG Pactual, a sinalização do BC sugere estabilidade até o fim de 2025, com início da flexibilização apenas em janeiro de 2026. No entanto, ela não descarta a possibilidade de antecipação para dezembro de 2025.Apesar de o aumento da perspectiva de juro real fortalecer o dólar futuro, ela derrubou o mini-índice. Juros mais altos acabam afastando investidores da Bolsa de valores.