O que esperar do Dia do Investidor da WEG (WEGE3)? Veja os cinco pontos principais

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O próximo Investor Day da WEG (WEGE3) acontece no dia 3 de outubro, em Jaraguá do Sul, Brasil. O banco Goldman Sachs separou cinco tópicos de discussão que devem ser o foco da empresa.Com base em conversas recentes com investidores, o Goldman Sachs acredita que os principais itens são:Os impactos da tarifa de 50% aplicada sobre exportações brasileiras para os EUA e qual será o plano da WEG para mitigar tais impactos;As perspectivas de crescimento, dentro de um contexto onde há uma desaceleração no crescimento da receita de forma sequencial desde o último trimestre de 2024;Qual será a visão para o mercado de transformadores nos EUA, visto que os preços estão se estabilizando e a WEG mantém uma capacidade limitada;Atualizações sobre o processo de integração da Marathon e quais são as possibilidades de mitigação de tarifas sobre a transferência de produção;Cenário macroeconômico global.Impacto das tarifasO Goldman Sachs espera que a WEG entre em detalhes sobre sua estratégia para diminuir os efeitos das tarifas de 50% aplicadas sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Leia tambémPRIO: licença para instalar poços de Wahoo é marco crucial para tese e destrava valorPetroleira obtém licença para interligar poços de Wahoo à plataforma“Observamos que a empresa possui presença global, o que pode permitir a realocação da produção destinada aos EUA para outras regiões. No entanto, essa mudança não seria imediata e levaria tempo para que a produção aumentasse em outros locais”, afirmam os analistas.Além disso, há uma expectativa de entender como essa mudança afetaria a lucratividade, uma vez que operações em outros países são geralmente menos verticalizadas do que no Brasil. “O momento dessa mudança também será relevante, pois estimamos que as exportações brasileiras para os EUA representem um dígito alto de porcentagem da receita líquida”, diz o documento.CrescimentoAs perspectivas de crescimento na receita são um dos principais temas entre investidores, segundo analistas do banco. O Goldman Sachs relembra que no segundo trimestre deste ano, a companhia apresentou um crescimento “like-for-like”, ou seja, comparável (excluindo a aquisição da Marathon) de aproximadamente 6% na comparação anual. Isso levou a um forte desempenho abaixo da média de suas ações. Na teleconferência feita no período, a companhia reforçou a meta de alcançar crescimento de receita de dois dígitos. “Esperamos que ela apresente sua visão sobre os principais vetores que devem sustentar esse nível de crescimento nos próximos anos”, disse o banco.Transmissão e distribuiçãoOs analistas destacaram que nos últimos dois anos, a divisão de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) da WEG no exterior foi o principal motor de crescimento da empresa. Mesmo com a desaceleração da receita em 2025, essa área continua sendo estratégica.Porém, eles afirmam que com base em comentários recentes da empresa em teleconferência e nos dados recentes do PPI (Índice de Preços ao Produtor), os preços de transformadores nos EUA se estabilizaram. Isso significa que há uma redução no impacto positivo da renovação de contratos. O relatório também aponta que as fábricas de transformadores da WEG na América do Norte já operam próximas da capacidade máxima, o que dificulta ter um crescimento de receita por aumento de produção no curto prazo. Por isso, há uma expectativa de mais informações sobre investimentos em andamento aumentar a capacidade de produção e se existe a possibilidade de antecipar a entrada em operação das novas plantas.ProjetosNo Investor Day de 2024, a WEG apresentou como planeja integrar os ativos da Marathon, cuja aquisição foi concluída em 1º de maio de 2024. O objetivo é aumentar a verticalização dessas operações, replicando o modelo já consolidado pela empresa. O Goldman Sachs espera que haja uma atualização sobre esse processo e se as tarifas impostas ao Brasil devem acelerar essa estratégia de integração.Além disso, o cenário macroeconômico global deve estar em pauta. Nos resultados do segundo trimestre de 2025, a empresa já havia alertado que as incertezas internacionais têm adiado decisões de investimento em grandes projetos. No Brasil, esse movimento é agravado pelo ambiente de juros altos, que interfere diretamente na execução de projetos de ciclo longo. “Esperamos que a WEG esclareça suas expectativas para o restante de 2025 e os impactos potenciais sobre os resultados de 2026”, diz o relatório.Ainda que a WEG seja uma das empresas consideradas “queridinhas” do mercado, o Goldman Sachs mantém a recomendação de venda das ações da WEG. Somente em 2025, os papéis são a segunda maior queda do Ibovespa, acumulando -29,32%. “Apesar do desempenho abaixo do Ibovespa no acumulado do ano, continuamos a ver espaço limitado para reprecificação das ações no curto prazo, em um contexto de enfraquecimento do momento operacional”, diz o relatório. Eles consideram a desaceleração do crescimento de receita líquida, uma maior incerteza macroeconômica adiando decisões de investimento em projetos de ciclo longo e o espaço limitado para crescimento da divisão GTD no curto prazo. O Goldman Sachs tem o preço-alvo da WEG de 12 meses em R$ 38,80, baseado no valor de fechamento de terça-feira (16), em um múltiplo P/L (Preço Sobre Lucro) de 22x para os próximos 12 meses. “Os principais riscos para nossa visão incluem crescimento econômico maior que o esperado, queda nos juros, risco de variação cambial e redução nos preços das commodities metálicas”, aponta o documento.The post O que esperar do Dia do Investidor da WEG (WEGE3)? 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