Centrão e oposição votam pró-PEC e ‘dissidentes’ da esquerda consolidam maioria

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A aprovação da PEC da Blindagem, proposta que dificulta a prisão e a abertura de ações penais contra parlamentares, foi aprovada em primeiro turno nesta terça-feira na Câmara dos Deputados graças a um esforço quase unânime dos partidos do Centrão em aliança com o PL, partido de Jair Bolsonaro. Entretanto, os 353 votos favoráveis só foram alcançados porque nem mesmo o PT conseguiu fazer com que todos os seus parlamentares obedecessem a orientação. A principal fonte de apoio à PEC veio de um grupo de cinco partidos do chamado Centrão que também tem ministérios no governo Lula: MDB, União, PP, Republicanos e PSD. Desse grupo, o PSD foi o único que teve um comportamento distinto do resto, com uma divisão clara dentro da bancada: 25 deputados da sigla comandada por Gilberto Kassab votaram a favor da proposta, mas 18 votaram contra. Esse número, sozinho, é maior do que a soma de parlamentares que rejeitaram a proposta nos outros quatro partidos: 12.Outro ponto representativo na votação foi a participação do presidente, Hugo Motta. Os presidentes da Câmara e do Senado, apesar de comandarem a maioria das votações, não costumam votar a favor ou contra propostas, o que é permitido pelo regimento interno das duas Casas. Na votação desta terça, entretanto, Motta votou pela aprovação da PEC em primeiro turno.Por outro lado, dos 353 votos favoráveis ao projeto, 56% veio desse grupo de cinco partidos: foram 201 votos a favor da PEC da Blindagem de deputados do Centrão. Esse bloco se juntou de forma majoritária ao PL, em que nenhum deputado votou não. Foram 83 votos favoráveis à proposta de emenda à Constituição.Para a aprovação de uma proposta que muda a Constituição é necessária, além da aprovação em dois turnos, a aprovação de 3/5 dos deputados (308 votos). Ou seja, não bastava nesse caso uma maioria simples. Nesse sentido, além do apoio maciço dos partidos do Centrão e do PL, a proposta também contou até mesmo com a defecção de alguns parlamentares do PT, que contrariam o posicionamento oficial do governo. Ao todo, 12 deputados do partido votaram de forma favorável à proposta: Airton Faleiro, Alfredinho, Dilvanda Faro, Dr. Francisco, Flávio Nogueira, Florentino Neto, Jilmar Tatto, Kiko Celeguim, Leonardo Monteiro, Merlong Solano, Odair Cunha e Paulo Guedes.Apenas quatro partidos se posicionaram de forma unânime contra a proposta: três de esquerda, o PSOL, o PCdoB e a Rede, e um de direita, o Novo. Essas quatro siglas, entretanto, representaram apenas 28 votos para tentar barrar o projetoThe post Centrão e oposição votam pró-PEC e ‘dissidentes’ da esquerda consolidam maioria appeared first on InfoMoney.