Assessor da PGR suspeito de vazamento é alvo de operação da PF

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A Polícia Federal (PF) realizou, nesta segunda-feira (22/9), uma operação sigilosa de busca e apreensão em endereços de um assessor da Procuradoria-Geral da República (PGR). O alvo da ação atuava em processos criminais envolvendo autoridades públicas e é suspeito de realizar vazamentos de informações.Segundo a investigação, Felipe Alexandre Wagner é suspeito de enviar informações internas da PGR para os próprios investigados. Os vazamentos seriam para investigados com origem no estado do Tocantins. A PF recolheu um aparelho celular e um notebook.A ação integra a Operação Sisamnes. Autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, a investigação visa a esclarecer a venda de decisões judiciais.O nome de Felipe apareceu em um diálogo interceptado entre o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos (Podemos), e Thiago Barbosa de Carvalho. Este último é sobrinho do governador Wanderlei Barbosa Castro (Republicanos), que está afastado do cargo por suspeita de desvio de recursos públicos.GravaçãoConforme a investigação, a conversa na qual Felipe foi citado aconteceu no dia 26 de junho de 2024. O diálogo teria como tema o vazamento de informações sigilosas das operações Fames-19- que originou o afastamento do governador – e a Maximus, ambas com tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Leia também Brasil PGR: Eduardo e Figueiredo atuaram para sanções a 8 ministros do STF Mundo Eduardo e Figueiredo se manifestam após denúncia da PGR. Confira Brasil Entenda por que Bolsonaro ficou fora de nova denúncia da PGR Grande Angular PGR denuncia Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo por coação A interceptação demonstra que Campos cita Felipe como um possível contato com acesso a pareceres e que isto o teria ajudado a entender que a situação dele perante a Justiça era grave.O Metrópoles apurou que a operação contra Felipe nesta segunda foi demandada pela própria PGR. A reportagem acionou os canais oficiais de comunicação da PGR e da PF, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.A reportagem não conseguiu contato com a defesa do assessor. O espaço segue aberto.