Netanyahu rejeita reconhecimento internacional do Estado da Palestina

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Após Canadá, Reino Unido e Austrália reconhecerem formalmente o Estado Palestino neste domingo (21), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu com um duro comunicado. “Não haverá um Estado Palestino”, afirmou. Ele ainda prometeu responder às iniciativas internacionais após retornar dos Estados Unidos: “A resposta à última tentativa de nos impor um estado terrorista no coração de nossa terra será dada após meu retorno. Aguardem”. A França e outros países devem oficializar o reconhecimento nesta segunda-feira (22), paralelamente à Assembleia Geral da ONU, em Nova York, da qual Netanyahu participará. O Brasil já reconhece a Palestina desde 2010. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp A nova onda de reconhecimentos ocorre em meio à intensificação da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos em quase dois anos de conflito, segundo autoridades locais. Tropas de Israel avançam por terra na Cidade de Gaza, enquanto na Cisjordânia aumentam os assentamentos, a presença militar e a repressão à população palestina, medidas que enfraquecem a perspectiva de uma solução de dois Estados — proposta há décadas pela comunidade internacional.No comunicado, Netanyahu criticou duramente os países que decidiram reconhecer a Palestina após os ataques de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou mais de 1,2 mil pessoas em Israel e sequestrou 251 reféns. “Vocês estão recompensando o terror com um prêmio enorme”, disse. O premiê reiterou sua oposição à criação de um Estado Palestino. “Não haverá um Estado Palestino a oeste do Rio Jordão. Durante anos, eu impedi a criação desse estado terrorista, contra uma pressão tremenda, tanto interna quanto externa”, afirmou.Netanyahu também destacou a expansão dos assentamentos na Cisjordânia, que chamou de “Judeia e Samaria”, em referência bíblica. “Dobramos os assentamentos judeus e continuaremos nesse caminho”, declarou, em linha com os setores mais conservadores e religiosos que sustentam seu governo. As declarações reforçam o distanciamento de Israel em relação a parte da comunidade internacional, no momento em que países do G7 passam a apoiar formalmente a criação de um Estado Palestino independente. Leia também Cinco pessoas, incluindo três crianças, morrem em ataque israelense com drone no Líbano Reino Unido, Canadá e Austrália anunciam reconhecimento formal do Estado da Palestina *Com informações do Estadão ConteúdoPublicado por Sarah Paula