Lula e Zelensky podem retomar diálogo durante Assembleia Geral da ONU

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Luiz Inácio Lula da Silva e Volodymyr Zelensky podem retomar o diálogo em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, que começa nesta terça-feira (23/9), após o presidente da Ucrânia solicitar uma reunião com o líder do Brasil. O pedido do encontro foi confirmado ao Metrópoles por fontes ligadas a diplomacia brasileira.Tensão diplomáticaDesde o início do governo Lula 3, o Brasil é alvo de críticas por parte da Ucrânia.Para o governo de Volodymyr Zelensky, gestos e falas do líder brasileiro são vistos como posicionamentos pró-Rússia.A situação entre os dois países escalou após Lula viajar à Rússia, no início de maio, para participar das comemorações do 80º aniversário do Dia da Vitória em Moscou.Na época, o governo ucraniano recusou ao menos duas tentativas de conversas telefônicas entre Lula e Zelensky.A tentativa de reaproximação de Lula com Zelensky foi vista por Kiev como um gesto de “cinismo”, com o objetivo de “mascarar” um possível novo sinal positivo a Putin.A diplomacia brasileira nega qualquer crise na relação entre os dois países.Na última cúpula do G7, no Canadá, um encontro entre os dois presidentes chegou a ser anunciado. A reunião, porém, não aconteceu devido a problemas de agenda.Segundo interlocutores, que pediram anonimato, o governo brasileiro avalia o pedido de encontro entre Lula e Zelensky, assim como outras solicitações de reuniões bilaterais. Até o momento, o Itamaraty ainda não confirmou a possível reunião entre os dois líderes.Caso se concretize, o encontro entre os presidentes do Brasil e Ucrânia será o primeiro desde 2023, quando conversaram durante a Assembleia Geral da ONU daquele ano. Leia também Mundo Brasil e Ucrânia se reaproximam após desencontro entre Lula e Zelensky Mundo Após desencontro, resgate da diplomacia entre Lula e Zelensky é adiado Brasil Lula pede a Putin que vá a reunião com Zelensky pela paz na Ucrânia Mundo Zelensky diz “não garantir” segurança de líderes como Lula em Moscou RusgasEm maio deste ano, as rusgas entre Brasil e Ucrânia aumentaram, após o presidente brasileiro participar das comemorações do 80º aniversário do Dia da Vitória em Moscou. Na época, Lula chegou a buscar Zelensky, e tentou conversar sobre a guerra na Ucrânia por telefone. O contato, porém, foi rejeitado em duas ocasiões por Kiev , que classificou o gesto do líder brasileiro como “cinismo” diante da ida do petista para a Rússia. Além disso, o governo ucraniano descartou a mediação do Brasil na guerra. Após insatisfações, a tensão refletiu diretamente na relação entre Brasília e Kiev, que decidiu não indicar um novo embaixador para ocupar a representação diplomática ucraniana em solo brasileiro.Desde julho, a embaixada da Ucrânia no Brasil está sem um embaixador, o que no mundo diplomático é visto como um descontentamento de um país contra a nação que recebe a missão diplomática — além de um rebaixamento nas relações diplomáticas.