Daniel Meron, embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas), rejeitou categoricamente, nesta terça-feira (16), as conclusões da Comissão de Inquérito das Nações Unidas de que o país cometeu genocídio em Gaza, classificando-as como um “discurso difamatório”.A comissão concluiu nesta terça-feira que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza e que autoridades israelenses de alto escalão, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, incitaram esses atos.Meron chamou o relatório de “escandaloso” e “falso”, afirmando que se baseava em “estatísticas enganosas e previsões apocalípticas infundadas baseadas em dados frágeis”. Leia Mais Comissão da ONU diz que Israel quebrou "promessa" de combate ao genocídio "Gaza está em chamas", diz Israel em início de operação terrestre Israel está cometendo genocídio em Gaza, diz comissão da ONU O relatório do comitê, que é resultado de uma investigação, cita exemplos da escalada dos assassinatos, bloqueios de ajuda humanitária, deslocamento forçado e destruição de uma clínica de fertilidade para corroborar a acusação de genocídio, somando-se a grupos de direitos humanos e outros que chegaram à mesma conclusão.Israel, que acusa a comissão de ter uma agenda política contra Israel e de se desviar de seu mandato, recusou-se a cooperar com ela.A análise jurídica de 72 páginas da comissão é a conclusão mais contundente da ONU até o momento, mas o órgão é independente e não representa oficialmente as Nações Unidas.A ONU ainda não utilizou o termo genocídio, mas está sob crescente pressão para utilizar.Israel está cometendo genocídio em Gaza, diz comissão da ONU | CNN NOVO DIA