Um instalador de linhas de telecomunicação será indenizado em R$ 12 mil por assédio moral após ser alvo de xingamentos de um supervisor sempre que retornava de licenças médicas. A condenação, que ainda inclui horas extras e intervalos não concedidos, totaliza R$ 38 mil.A decisão inicial da 1ª Vara do Trabalho de Cachoeirinha foi confirmada pela 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), que aumentou o valor da indenização por danos morais de R$ 6 mil para R$ 12 mil. Leia também Mirelle Pinheiro Digitais confirmam identidade dos quatro corpos achados no PR Mirelle Pinheiro Vídeo: secretário revela como estavam os corpos encontrados no Paraná Mirelle Pinheiro Suruba no ônibus: veja a confissão dos jovens envolvidos na polêmica Mirelle Pinheiro Adolescentes da “suruba no ônibus” mandam recado à jovem exposta. Veja Segundo o processo, o trabalhador se afastava para tratar problemas psicológicos e um tumor. Em uma das ocasiões, sofreu um ataque de pânico dentro da empresa sem receber socorro. Quando retornou da licença, chegou a ser suspenso.Testemunhas confirmaram que ele era chamado de “recordista de atestados” e “viciado em atestados”, inclusive na frente de colegas. Mensagens de WhatsApp reforçaram a versão apresentada pelo instalador.Para o juiz Luiz Henrique Bisso Tatsch, ficou configurado o abuso de poder do empregador, com violação à honra e à dignidade do trabalhador.A desembargadora Brígida Charão Barcelos, relatora do acórdão no TRT-RS, reforçou que a reparação é devida diante da comprovação do assédio moral.As empresas envolvidas recorreram, mas o tribunal manteve a condenação. Ainda cabe novo recurso.