A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu neste sábado (20/9) Thiago de Souza Câmara Mello, o “Boinha”, presidente da Torcida Jovem do Flamengo, apontado como um dos envolvidos no assassinato de Rodrigo José da Silva Sant’anna, torcedor do Vasco morto em 11 de setembro em Oswaldo Cruz, na Zona Norte.A prisão faz parte de uma operação conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diversos bairros das zonas Norte e Oeste. Até o momento, seis suspeitos foram capturados. Leia também Mirelle Pinheiro Torcedor do Vasco morto: polícia prende seis em operação no Rio Mirelle Pinheiro “Viciado em atestado”: trabalhador humilhado é indenizado em R$ 38 mil Mirelle Pinheiro Digitais confirmam identidade dos quatro corpos achados no PR Mirelle Pinheiro Adolescentes da “suruba no ônibus” mandam recado à jovem exposta. Veja De acordo com o inquérito, Rodrigo, torcedor do Vasco, foi emboscado por integrantes de uma torcida de um terceiro clube, que não tinha relação com a partida marcada entre Vasco e Botafogo naquela data.Segundo testemunhas, o grupo criminoso atacou utilizando fogos de artifício e armas de fogo. Pelo menos quatro disparos foram ouvidos; um deles atingiu Rodrigo, que morreu no local. Outra vítima conseguiu escapar com vida.Como agia o grupoA coluna teve acesso à investigação, que aponta que os suspeitos agiram de forma premeditada, organizada e violenta. Para evitar identificação, os criminosos não usavam camisas ou símbolos da torcida organizada.A motivação foi classificada como “fútil, abjeta e primitiva”, já que os investigados organizaram o ataque apenas para atacar torcedores adversários, sem vínculo com a rivalidade do jogo do dia.O papel de “Boinha”Para a Polícia Civil, Thiago de Souza Câmara Mello, conhecido como “Boinha”, exerceu papel importante no episódio por sua condição de líder máximo da Torcida Jovem do Flamengo. Ele é acusado de incentivar, apoiar e dar respaldo à prática criminosa.O mandado de prisão descreve que sua influência direta foi determinante para a ação do grupo. A investigação incluiu ainda a análise de imagens de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas e outras provas que reforçaram sua participação.