Termina nesta sexta-feira (19) o prazo dado pelo União Brasil para que todos os seus filiados que estejam ocupando cargos políticos no governo Lula (PT) entreguem seus postos.O prazo, de 24 horas, foi estabelecido na quinta-feira (18) e afeta um integrante da Esplanada dos Ministérios: Celso Sabino, ministro do Turismo. Leia Mais Fachin terá encontro com papa antes de tomar posse na presidência do STF “Não vai passar”, diz deputado da oposição sobre anistia "light" Deputados investigados no STF podem se beneficiar com "autoblindagem" A direção do União Brasil quer que não apenas Sabino, mas filiados em postos do segundo escalão para baixo e em cargos na administração pública indireta – como em empresas públicas – também deixem seus cargos.Caso os filiados não entreguem seus cargos, o partido ameaça “pena de prática de ato de infidelidade partidária”.O estatuto do União Brasil estabelece que filiados enquadrados como infiéis podem sofrer com “cancelamento automático” de seus registros partidários, “após o devido processo disciplinar”, em que poderão se defender da acusação.Em 2 de setembro, União Brasil e PP deram 30 dias para que ministros filiados às duas siglas deixassem o governo Lula, em medida que também afeta o ministro André Fufuca, que chefia a pasta do Esporte e é filiado ao Progressistas.Com a nova resolução, o União, na prática, antecipa a previsão de desembarque de filiados no governo federal.Desde meados de agosto, União e PP formam uma federação partidária que, ao todo, tem 108 deputados federais e 14 senadores, o que faz do grupo a maior bancada da Câmara dos Deputados e a segunda maior do Senado Federal.A condução da federação é compartilhada pelos presidentes nacionais do União Brasil e do PP, respectivamente Antônio Rueda e senador Ciro Nogueira (PI).Ainda que conte com uma ala mais próxima ao governo federal, o União Brasil abriga o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que é pré-candidato à Presidência em 2026 e declarado opositor a Lula.* Publicado por Henrique Sales Barros