O Roblox, uma das maiores plataformas de games do mundo, está no centro de uma nova polêmica envolvendo segurança infantil. O caso ganhou força depois que usuários criaram experiências que simulavam o assassinato do influenciador Charlie Kirk, morto em 10 de setembro durante um evento em universidade nos Estados Unidos.O conteúdo foi rapidamente removido, rendendo até um comentário do CEO da empresa. No entanto, a questão acendeu alertas sobre os riscos do ambiente virtual e serviu como combustível para movimentações legais nos Estados Unidos.A repercussão levou autoridades do estado de Oklahoma a anunciarem os primeiros passos para uma possível ação judicial contra a empresa. O procurador-geral Gentner Drummond declarou que o Roblox estaria “repleto de predadores e conteúdos nocivos”, sem oferecer barreiras adequadas de proteção para menores.Jogos chocantes e a polêmica do assassinato simuladoPoucas horas após o assassinato de Kirk, jogadores publicaram experiências que permitiam reviver o ataque ou até vestir avatares com roupas zombando da vítima. Entre os títulos criados estavam:Survival the Charlie Kirk the KillerCharlie Kirk Memorial GameSimuladores de comícios com mensagens de ódio contra o comentaristaA pressão política cresceu depois que parlamentares pediram até a exclusão do app das lojas da Apple e Google.O que a empresa diz sobre segurança e proteção infantilO CEO David Baszucki afirmou que os conteúdos foram retirados assim que identificados, reforçando que “simulações de eventos violentos reais violam as regras da comunidade”.Além disso, a Roblox enviou um posicionamento oficial ao Voxel, detalhando medidas de segurança adotadas na plataforma. “A Roblox está profundamente comprometida com a segurança e o bem-estar de nossa comunidade, com dezenas de milhões de usuários tendo experiências positivas todos os dias, em que as pessoas se conectam, aprendem e criam."“Investimos recursos significativos em tecnologias avançadas de segurança, incluindo uma combinação de machine learning e equipes de moderação humana que atuam 24 horas por dia, 7 dias por semana, para identificar e lidar com conteúdos e comportamentos inadequados”, ressalta a companhia. “Todos os dias tomamos medidas imediatas contra qualquer conteúdo ou usuário que viole nossos Padrões da Comunidade e políticas, que proíbem explicitamente a representação de eventos sensíveis do mundo real.”A companhia também enfatiza que está aberta para receber denúncias e colaborar com autoridades em casos que violam as leis. "Como nenhum sistema é perfeito, também incentivamos todos a denunciar conteúdos ou comportamentos que possam não estar em conformidade com nossos Padrões da Comunidade por meio do recurso Denunciar Abuso, e tomaremos as medidas necessárias de forma imediata.” Estados e famílias processam RobloxVale ressaltar que o caso de Oklahoma não é único. Em agosto, uma família de Iowa abriu processo contra a empresa, alegando que a plataforma permitiu o aliciamento de uma criança por um adulto, resultando em sequestro e abuso. O escritório de advocacia responsável afirmou já preparar mais de 250 ações semelhantes contra a companhia.Em Louisiana, a procuradora-geral Liz Murrill acusa o Roblox de colocar lucros acima da segurança infantil. A Flórida também já abriu uma investigação sobre a política de proteção a menores. Esses processos contestam até mesmo a defesa da empresa com base na Seção 230 do Communications Decency Act, que protege plataformas de responsabilidade sobre conteúdo de usuários.E você, o que acha da nova polêmica envolvendo a plataforma? Comente nas redes sociais do TecMundo e Voxel.