Maggie e Edward Hanratty estavam vivendo a ansiedade da chegada da primeira filha em 2024. Faltando um mês para o parto, o casal descobriu que Eddie, então com 30 anos, tinha um câncer no cérebro agressivo e precisava fazer uma cirurgia de emergência para retirá-lo.Ele já vinha apresentando sintomas: enjoava, tinha tonturas e apresentava visão embaçada. Nas semanas anteriores ao diagnóstico, também passou a ter convulsões, o que o fez procurar um hospital às pressas. “Quando ele ligou dizendo que teria que ficar no hospital para exames mais complexos, achei que ele estava brincando. Nunca havíamos imaginado que poderia ser algo tão grave”, lembra Maggie, 34, em entrevista à People. Leia também Saúde Homem culpa óculos por sintomas e descobre câncer terminal no cérebro Saúde Mulher sente cheiros bizarros e é diagnosticada com câncer no cérebro Saúde Mulher com sintoma comum descobre ter câncer de cérebro agressivo Vida & Estilo Tiktoker de 19 anos morre após batalha contra câncer no cérebro Após os exames, ele recebeu o diagnóstico de astrocitoma de alto grau, tumor cerebral maligno e de crescimento acelerado. “Estes tumores se originam nos astrócitos, tipo de célula que constitui o maior componente do tecido cerebral. Os de grau 3 são os mais malignos e preocupantes, especialmente em pessoas jovens”, explica o neurocirurgião Antônio Araújo, da Clínica Araújo & Fazzito.O exame revelou uma massa de 7,3 centímetros de diâmetro e a cirurgia foi marcada para dali a duas semanas. Ainda que imprescindível, a retirada do tumor implicava o risco de que a cirurgia afetasse as funções dele de memória e fala.O câncer de EddieApós a operação, no entanto, Eddie acordou consciente e lúcido. “A primeira coisa que ele fez foi uma piada, começou a brincar conosco, foi tão feliz saber que ele ainda continuava ali”, disse Maggie.A cirurgia sempre tenta remover o máximo da massa de tumor. No caso dele, foram retirados 98%. A depender do resultado da análise do tumor retirado e do quanto foi possível ressecar na cirurgia, avalia-se a necessidade de tratamento complementar, que pode incluir sessões de radio ou quimioterapia.4 imagensFechar modal.1 de 4O editor de vídeo descobriu o tumor aos 30 anosReprodução/GoFoundMe2 de 4O tumor dele tinha quse 8 centímetros de diâmetroReprodução/GoFoundMe3 de 4Maggie pariu 2 semanas depois da cirurgia do maridoReprodução/GoFoundMe4 de 4O primeiro ano de vida da filha deles foi também o do tratamento de quimioterapia do paiReprodução/maggsyeApesar da recuperação inicial, Eddie teve a recomendação de fazer seis meses de quimioterapia para evitar o risco de retorno do tumor.Em abril de 2025, Eddie encerrou a terapia e recebeu exames considerados estáveis. Isso significa que, até o momento, não há sinais de avanço da doença. Ele ainda enfrenta episódios de fadiga e náusea, mas segue sob acompanhamento médico regular.Vida após o diagnósticoApenas duas semanas depois da cirurgia nasceu Mila, primeira filha do casal. Hoje com 14 meses, ela representa para Maggie “a melhor coisa que já nos aconteceu”. A mãe acredita que a criança chegou no momento certo para dar forças ao marido.Eddie realiza exames trimestrais e, se os resultados se mantiverem estáveis, as consultas poderão ser espaçadas. A rotina da família agora gira em torno da recuperação e da criação da filha em meio ao tratamento contínuo.Para custear os tratamentos, a família recorreu a uma campanha de financiamento coletivo online no GoFundMe. Apesar de terem arrecadado mais de 30 mil dólares, este dinheiro não é o bastante para pagar nem 10% das dívidas hospitalares deixadas tanto pela cirurgia de Eddie como pelo parto de Maggie.Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!