Linha iPhone 17 foi anunciada em 9 de setembro (imagem: divulgação/Apple) Resumo O iPhone 17 Pro chega ao mercado US$ 100 mais caro, mas Tim Cook, CEO da Apple, descarta relação com tarifas de importação dos EUA.Para reduzir riscos com a China, a Apple diversificou sua produção e intensificou a transferência de parte da montagem para Índia e Vietnã.Cook também estreitou laços com o governo Trump, prometendo investir US$ 600 bilhões nos EUA.O iPhone 17 Pro chegou US$ 100 mais caro nos EUA, mas isso não tem a ver com as tarifas de importação impostas pelo governo de Donald Trump, segundo o CEO da Apple, Tim Cook. Em resposta à emissora americana CNBC, o executivo enfatizou: “Para ser totalmente claro, não há aumento por tarifas nos preços”.Embora Cook negue a relação direta entre as tarifas e o aumento de preço, a empresa precisou se movimentar ao longo do ano para evitar que a guerra comercial entre os EUA e a China impactasse o bolso dos consumidores da Apple. Além do aumento no valor da versão Pro, a empresa manteve o preço dos modelos de entrada e introduziu o iPhone Air, mais fino, a um custo maior que o dos iPhones “Plus”, descontinuados na nova geração.iPhone 17 Pro está mais caro na nova geração (imagem: reprodução)Estratégia para evitar as sobretaxasUma das principais atuações da Apple para contornar as tarifas é a tentativa de diversificação da cadeia produtiva, historicamente concentrada na China. Em abril, a empresa acelerou a transferência de parte da montagem dos iPhones para países com tarifas mais baixas, como Índia e Vietnã.Além disso, no mesmo mês, diante da chegada do que ficou conhecido como “tarifaço”, a Apple tomou medidas mais drásticas. A companhia chegou a enviar cerca de 1,5 milhão de iPhones em voos fretados da Índia aos Estados Unidos. O objetivo era formar um estoque em solo americano antes que as novas regras de importação vigorassem (à época, a alíquota de importação da China para os EUA chegava aos 125%).Posteriormente, o governo Trump recuou e excluiu, temporariamente, celulares e computadores da lista de produtos sobretaxados. Ainda assim, durante a divulgação dos resultados do segundo trimestre, Cook revelou que a companhia teve um prejuízo de US$ 800 milhões em custos ligados às tarifas. Diplomacia com a Casa BrancaTim Cook vem investindo na proximidade com o presidente (imagem: reprodução/PBS)Paralelamente às manobras logísticas, assim como outros executivos de big techs norte-americanas, como Mark Zuckerberg e Sam Altman, Tim Cook investiu em uma aproximação com o governo Trump. O CEO da Apple tem feito aparições públicas ao lado do presidente.“Quero agradecê-lo por definir o tom para que pudéssemos fazer um grande investimento nos Estados Unidos”, disse Cook a Trump em um encontro na Casa Branca, segundo o AppleInsider. O apelo foi um de ao menos oito agradecimentos feitos ao presidente durante o pequeno discurso do CEO.Na ocasião, Cook reafirmou o compromisso da empresa de investir US$ 600 bilhões para fortalecer a manufatura no país. A postura diplomática é vista como uma tentativa de proteger os interesses da empresa em meio a um cenário de incertezas comerciais.Com informações da CNBCCEO da Apple diz que iPhones não estão mais caros por causa das tarifas