Ibovespa.Foto: B3/DivulgaçãoO Ibovespa renovou um novo recorde intradia nesta sexta-feira, 19, atingindo 146.398,76 pontos, mas não conseguiu sustentar esse patamar no fechamento. Mesmo assim, o índice encerrou o dia com uma nova máxima histórica, a quarta em cinco sessões da semana. No agregado, o Ibovespa registrou ganhos de 2,53% durante o período, após uma leve queda de 0,26% na semana anterior.Leonardo Santana, sócio da Top Gain, destaca que o Ibovespa continua alinhado com o comportamento das bolsas internacionais, impulsionado por fatores macroeconômicos externos. “A alta do índice brasileiro está bastante relacionada ao movimento de recuperação global, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando ganhos importantes nas últimas sessões. O mercado está otimista com os cortes de juros nos Estados Unidos, o que torna os ativos de risco, como o Ibovespa, mais atraentes para os investidores”, afirma.Após um início de setembro hesitante, o índice vem mostrando avanço consistente, com perdas suaves e oito altas desde o dia 4. Na sexta-feira, o Ibovespa abriu aos 145.499,49 pontos, quase atingindo a mínima de 145.495,55 pontos. O fechamento foi em alta de 0,25%, aos 145.865,11 pontos, com um giro financeiro de R$ 28,3 bilhões em dia de vencimento de opções sobre ações. No mês, o índice acumula uma alta de 3,14%, e no ano, avança 21,27%.Destaques do IbovespaPetrobras foi uma das blue chips de pior desempenho, com suas ações ON caindo 1,46% e PN 1,11%, influenciadas pela queda de 1,3% no petróleo.Vale ON teve alta de 0,40%, acumulando ganhos de 1,61% na semana.Bradesco foi um dos maiores destaques, com as ações ON (+1,68%) e PN (+1,78%) subindo, sendo também o ponto alto do setor bancário durante a semana.Eletrobras se destacou com suas ações ON (+3,16%) e PNB (+3,08%), enquanto Fleury subiu 2,83%.No lado negativo, Marfrig perdeu 6,74%, Natura recuou 4,65% e Cosan caiu 4,46%.Para Santana, o setor bancário também está refletindo a continuidade do fluxo de capital positivo para o Brasil. “A alta de 5% nas ações do Bradesco esta semana mostra que os investidores ainda têm confiança no mercado doméstico, apesar dos sinais de cautela do Copom. O setor bancário se beneficia da alta da Selic, que segue atraente para investidores que buscam uma rentabilidade maior em um cenário global de juros mais baixos”, explica.Expectativas para o mercadoEmbora o dia tenha sido marcado por poucos eventos econômicos, a redução de juros nos Estados Unidos continua a impactar positivamente o mercado global, favorecendo os ativos de risco no Brasil. O fluxo de capital continua forte, em parte devido à alta taxa de juros no Brasil e a queda nos juros americanos.Em relação ao Copom, houve um pequeno revés, já que o comitê não trouxe expectativa de corte de juros a curto prazo, o que limitou um pouco o entusiasmo com a recuperação doméstica. A alta de 15% na Selic, porém, segue atraente para investidores. Santana comenta: “O mercado brasileiro ainda se beneficia do diferencial de juros, o que continua atraindo investidores estrangeiros. Contudo, a decisão do Copom foi um fator de moderação, já que a expectativa de cortes de juros a curto prazo foi afastada.”Fechamento das bolsas americanas:S&P 500 subiu 0,65%Nasdaq avançou 1,10%A alta foi impulsionada pela expectativa de mais cortes de juros nos EUA, após a redução anunciada pelo Federal Reserve.Última cotação do Ibovespa Ibovespa encerrou as negociações da última quinta-feira (18), com leve perda de 0,06%, fechando aos 145.499,49 pontos.