A equipe econômica divulga nesta segunda-feira (21) o terceiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2025. A expectativa é de manutenção do congelamento no orçamento em R$ 10,7 bilhões — valor referente apenas ao bloqueio, sem novos contingenciamentos.A última edição do relatório, publicada em julho, havia zerado o contingenciamento e mantido apenas o bloqueio de R$ 10,7 bilhões.No primeiro relatório do ano, divulgado em maio, o congelamento havia sido de R$ 31,3 bilhões, dos quais R$ 20,7 bilhões eram contingenciados e R$ 10,6 bilhões bloqueados. Leia Mais Acordo com Efta abre mercado rico, mas não alivia tarifaço de Trump Tarifaço: Dispositivos médicos mudam de rota para Europa e América Latina Senado vota na quarta (24) 2ª parte da regulamentação da reforma tributária É por meio do relatório bimestral que o governo acompanha a trajetória fiscal e decide se será necessário ajustar a execução do orçamento.Quando as receitas projetadas não são suficientes para o cumprimento da meta, a equipe econômica pode optar por contingenciar ou bloquear despesas.No entanto, segundo apurou a reportagem com fontes envolvidas na elaboração do relatório, não há perspectiva para mudanças, levando em consideração o avanço das receitas.Segundo o economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto, o documento não deve trazer surpresas.“O bloqueio atual deve ser mantido em R$ 10,7 bilhões, sem outros congelamentos adicionais. Isso porque a dinâmica da arrecadação permite que o governo não anuncie apertos adicionais”, avalia.Empresários debatem cenário macro e investimentos em evento do Inter | Money NewsPara 2025, a meta fiscal permite déficit de até R$ 31 bilhões, o equivalente a 0,25% do PIB. As projeções da Warren Rena indicam resultado negativo de R$ 72,2 bilhões, mas esse número inclui os precatórios que podem ser abatidos.“Sem os precatórios, o déficit deve ficar em torno de 0,22% do PIB, dentro da meta”, explica Salto.Ele alerta, no entanto, para os desafios que se acumulam para 2026.“Tanto a LDO quanto a LOA estão pendentes de avaliação do Congresso e os números oficiais estão inflados, com uma série de receitas incertas norteando a proposta orçamentária enviada pelo Executivo”, completa.Brasil tem a 2ª maior taxa de juro real no mundo após alta da Selic