Reino Unido e Portugal pretendem reconhecer oficialmente neste domingo (21) o Estado da Palestina, apesar da forte pressão dos Estados Unidos e de Israel, a poucas horas do início, na segunda-feira (22), da Assembleia Geral da ONU. Nos últimos meses, muitos países tradicionalmente próximos a Israel deram o passo simbólico, à medida que o Exército israelense intensificava a ofensiva na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo terrorista Hamas em 2023 contra o território israelense.Vários países confirmarão o reconhecimento formal do Estado da Palestina na segunda-feira, durante uma reunião de cúpula na ONU copresidida pela França e pela Arábia Saudita, que abordará o futuro da solução de dois Estados. O Reino Unido, aliado histórico de Israel, fará o anúncio neste domingo, segundo a imprensa britânica.O primeiro-ministro Keir Starmer havia anunciado em julho que o país reconheceria um Estado palestino na Assembleia Geral da ONU, a menos que Israel cumprisse uma série de compromissos, incluindo um cessar-fogo em Gaza. “O primeiro-ministro anunciará sua decisão mais tarde, analisando se estas condições foram cumpridas”, disse o vice-primeiro-ministro David Lammy à emissora BBC. Desde julho, “com o ataque (de Israel) no Catar, a ideia de um cessar-fogo foi destruída e as perspectivas são sombrias”, acrescentou Lammy em uma entrevista à Sky News. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Starmer acredita que o reconhecimento do Estado palestino poderia contribuir para um verdadeiro processo de paz. Em resposta, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu o acusou de recompensar o “terrorismo monstruoso”. “Fomos muito claros: o Hamas é uma organização terrorista e não pode ter nenhum papel (…) deve libertar os reféns israelenses”, insistiu o vice-primeiro-ministro.Em Portugal, o Ministério das Relações Exteriores confirmou na sexta-feira (19) que o país “reconhecerá o Estado da Palestina” neste domingo. Em julho, o governo de Lisboa anunciou a medida levando em consideração, entre outros fatores, “a evolução extremamente preocupante do conflito, tanto no plano humanitário como pelas reiteradas referências a uma possível anexação de territórios palestinos”.*Com informações da AFPPublicado por Nícolas Robert Leia também Lula embarca para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York Governo brasileiro avalia encontro entre Lula e Zelensky em Nova York