Eric Trump defende pai sobre polêmica cripto: “Não ganhou dinheiro como presidente”

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Uma nova polêmica envolvendo a família Trump tomou conta do noticiário de criptomoedas nos últimos dias, após uma reportagem do The New York Times apontar como dois grandes negócios que ocorreram em um período relativamente curto, ajudaram a enriquecer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus filhos.A reportagem aponta potenciais conflitos de interesse envolvendo o investimento dos Emirados Árabes Unidos na Binance, que usou a stablecoin do projeto cripto de Trump, e um outro negócio que levou o país do Oriente Médio a ganhar autorização dos EUA para comprar chips de computador avançados, necessários para projetos de inteligência artificial.Segundo o NYT, que fez uma longa investigação, nos últimos meses, Steve Witkoff, enviado do presidente Trump para o Oriente Médio, se tornou aliado diplomático do xeque Tahnoon bin Zayed Al Nahyan, que faz parte da família que controla os Emirados Árabes. A publicação diz que a relação deles “testa os limites das regras éticas enquanto enriqueciam o presidente, sua família e seu círculo íntimo”.“No cerne do relacionamento deles estão dois negócios multibilionários. Um deles envolveu uma empresa de criptomoedas fundada pelas famílias Witkoff e Trump, que beneficiou ambas financeiramente. O outro envolveu a venda de valiosos chips de computador que beneficiou economicamente os Emirados Árabes”, diz um trecho da reportagem.Em resumo, o NYT mostra que, em março, a empresa de investimentos MGX, fundada nos Emirados Árabes, anunciou um investimento de US$ 2 bilhões na corretora de criptomoedas Binance usando stablecoins. Depois, em maio, foi revelado que a MGX havia feito seu investimento usando a recém-lançada stablecoin USD1 da World Liberty, empresa criada pelos Witkoffs e Trumps.Duas semanas depois, a Casa Branca concordou em permitir que os Emirados Árabes tivessem acesso a centenas de milhares dos chips de computador mais avançados e escassos do mundo, uma ferramenta crucial na corrida para dominar a inteligência artificial. Muitos dos chips iriam para a G42, uma empresa de tecnologia em expansão controlada pelo Xeque Tahnoon.O jornal ainda relata que as negociações envolveram outro importante funcionário da Casa Branca que hoje atua como czar de IA ​​e criptomoedas do governo Trump: David Sacks. “O Times descobriu que os acordos estavam interligados de maneiras nunca antes relatadas e que provocaram preocupações sobre conflitos de interesse até mesmo entre funcionários do governo Trump”, diz o jornal ressaltando que, “embora não haja evidências de que um acordo tenha sido explicitamente oferecido em troca do outro, a confluência dos dois acordos é, por si só, extraordinária”.Na terça-feira (16), em uma entrevista para a CNBC, Eric Trump, um dos filhos do presidente, foi questionado pelo apresentador Joe Kernen, que segurava a edição física do NYT, sobre o caso. Kernen sugeriu que Eric deve estar acostumado a responder a perguntas sobre o sucesso do presidente e de seus filhos em ganhar dinheiro com criptomoedas desde o início do último mandato de Trump.“Meu pai é o primeiro cara que não ganhou dinheiro com a presidência”, disse Eric Trump. “Sempre fomos capitalistas em série, sempre tivemos empresas. As criptomoedas surgiram de uma necessidade: fomos desbancarizados por todos e precisávamos encontrar uma nova maneira”, afirmou.Leia também: Criptomoedas são agora a segunda maior fonte de renda de Donald TrumpAcordos antiéticosOs acordos praticamente juntos um do outro violam normas antigas nos Estados Unidos para a realização de acordos políticos, diplomáticos e privados entre altos funcionários e seus filhos, de acordo com três advogados especialistas em ética entrevistados pelo NYT. E geraram alertas entre alguns ex-funcionários do governo.Ao jornal, representantes da Casa Branca e da World Liberty negaram qualquer conexão entre os dois negócios, com uma porta-voz do governo classificando a transação com criptomoedas como “totalmente alheia a qualquer negócio governamental”.A World Liberty afirmou em maio que o Witkoff estava se desfazendo totalmente da empresa, mas um documento recente mostra que ele segue com participação no negócio. A porta-voz da Casa Branca afirmou em um comunicado que o Sr. Witkoff “ainda estava em processo de desinvestimento”.O comunicado da Casa Branca ao jornal também afirmou que o Sacks agiu de forma adequada. “O Sr. Sacks não tem interesse financeiro no negócio do chip com os Emirados Árabes Unidos”, diz o texto.Apesar disso tudo, a publicação destaca que os dois negócios já “foram transformadores”. “O primeiro impulsionou instantaneamente a World Liberty para uma das empresas de criptomoedas mais proeminentes do mundo, gerando um fluxo de receita que pode valer dezenas de milhões de dólares anualmente”, diz o texto.Leia também: Trump processa New York Times em US$ 15 bilhões por prejuízos à sua memecoinEnquanto isso, o segundo acordo, envolvendo os chips, apesar de ainda pendente de conclusão, “está prestes a ser uma vitória monumental para os Emirados Árabes”, diz o NYT. “O governo Trump concordou em aumentar exponencialmente o acesso dos Emirados Árabes Unidos a uma das invenções mais importantes da história moderna.”No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. 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