Cosan (CSAN3): UBS BB vê aporte como passo positivo e gerando valor no longo prazo

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O UBS BB viu o aporte de R$ 10 bilhões do BTG Pactual e da Perfin na Cosan (CSAN3) como um passo positivo nos esforços de desalavancagem da companhia., com potencial para gerar valor no longo prazo.A medida vai reduzir a dívida líquida da Cosan de R$ 17,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões. “Mais do que a contribuição financeira, a operação traz dois novos acionistas relevantes com expertise nos setores para o grupo controlador. Apesar da direção positiva, destacamos que a proposta tem um desconto elevado e limita a participação de outros investidores a apenas 27,5% da oferta”, analisam Matheus Enfeldt, Tasso Vasconcellos e Alberto Valerio. Na última sexta-feira (19), o banco rebaixou a sua recomendação para a holding de compra para neutra após uma desvalorização de 40% no último mês. A mudança, segundo o UBS BB, fechou uma lacuna de desconto que “justificava uma visão positiva anterior sobre a ação”. O preço-alvo, porém, se manteve em R$ 9.VEJA TAMBÉM: Novo episódio do Money Minds no ar! Confira agora quais são as visões de um especialista no mundo dos investimentosApesar da reação negativa do mercado no pregão desta segunda, os analistas veem a holding saindo muito mais saudável do processo, já que 100% dos recursos serão usados para o pré-pagamento de dívidas. Isso aliviará a pressão que a Cosan vem sofrendo no curto prazo.O UBS projeta um FCFE (Fluxo de Caixa Livre ao Acionista) negativo de 14% nos próximos meses. A expectativa dos analistas é que a cobertura de juros suba de 1,6x para 1,9x em 2026, contra 0,9x estimado anteriormente.  “A oferta em nível de holding pode ajudar a aliviar a percepção de pressão nas subsidiárias, especialmente na Rumo (RAIL3).Após a operação, eles estimam que o FCFE fique da seguinte forma:– R$ 0,42 para + R$0,06 – R$ 0,13 em 2026;+ R$0,33 para +R$0,40–0,45 em 2027 (+28% no ponto médio);+ R$0,43 para +R$0,47–0,52 em 2028 (+16%);R$0,71 para R$0,64–0,69 em 2029 (-7%).