A Lula, TikTok confirma investimentos no Brasil e acena para regulação

Wait 5 sec.

Nova York – A rede social chinesa TikTok confirmou, em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os investimentos que pretende fazer no Brasil, mais especificamente no Ceará. O petista se reuniu nesta segunda-feira (22/9) com o diretor-executivo da plataforma, Shou Zi Chew, na residência oficial da missão brasileira na ONU, em Nova York.Participaram da reunião o ministro da Educação, Camilo Santana, e o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). A primeira-dama Janja Lula da Silva também esteve presente em parte da reunião. Leia também Negócios EUA: acordo com China pelo TikTok deve ser assinado nesta semana São Paulo “USP não debate ideias no ritmo do TikTok”, diz diretor sobre ataques Mundo EUA devem receber taxa multibilionária em acordo com o TikTok Mundo Trump se reúne com Xi Jinping para fechar acordo sobre o TikTok Em maio, durante a viagem de Lula à China, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a Bytedance, empresa controladora do TikTok, sinalizou o interesse de investir cerca de R$ 50 bilhões para a criação de data centers no Ceará.TikTok acompanha regulação nas redes Durante a reunião, o TikTok disse que acompanha as iniciativas de regulação das redes sociais que se deram no Brasil, dentre elas, o PL da Adultização, sancionado por Lula na última quarta-feira (17/9).Lula sancionou, com vetos, a lei que estabelece mecanismos de proteção a crianças e adolescentes na internet, como mecanismos de verificação de idade dos usuários, assim como supervisão de pais ou responsáveis e punições para as plataformas que não seguirem as novas regras, que começam a valer em março de 2026.A bigtech disse, segundo fontes presentes na reunião ouvidas pelo Metrópoles, que está comprometida com a pauta de proteção de menores na internet e que defende que outros agentes do setor atuem na pauta.O projeto contra a Adultização ganhou alcance no Congresso após as denúncias veiculadas pelo youtuber Felca, que denunciou influenciadores e plataformas de monetizar conteúdos eróticos envolvendo menores de idade.Um dos principais pontos do texto é a obrigatoriedade para as plataformas removerem conteúdos que violem os direitos das crianças e dos adolescentes depois de serem notificadas, sem necessidade de ordem judicial.