“Virada de jogo”, diz líder do PT na Câmara sobre atos contra anistia

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Durante o ato organizado por movimentos de esquerda contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem e o PL da Anistia, em Brasília, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que as manifestações registradas em todo o Brasil marcam uma “virada de jogo” para os partidos de esquerda.Para o deputado, os atos previstos em, ao menos, 30 cidades e 22 capitais, inviabilizam a aprovação da PEC da Blindagem no Congresso Nacional. O texto está no Senado, onde deve tramitar sem urgência e ser apreciado inicialmente pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).Na avaliação do congressista, as manifestações também impulsionam a tramitação de pautas governistas na Câmara e no Senado, como o projeto que amplia a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e o fim da escala 6×1, proposta que sugere a redução da jornada máxima de trabalho semanal.“Hoje, nas ruas do Brasil, nós estamos decretando que a PEC da bandidagem está enterrada. Mais do que isso, é uma virada de jogo para a gente impor nossas pautas, a isenção do Imposto de Renda, a PEC 6×1”, disse em seu discurso. Leia Mais PEC da Anistia: saiba como votaram os deputados Boulos: Ato contra PEC da Blindagem e anistia é recado a Hugo e senadores Em ato na Paulista, esquerda traz bandeirão do Brasil e defende soberania Atos pelo BrasilAlém de Brasília, as manifestações ocorrem em Salvador, Belo Horizonte, Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre outras cidades. Os atos começaram a ser articulados em meio ao avanço da PEC da Blindagem e do PL da Anistia na Câmara.Ambos os projetos avançaram em paralelo, com apoio de partidos do Centrão, em meio às insatisfações de deputados com a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre emendas parlamentares e processos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — recentemente condenado por golpe de Estado — e aliados.No Senado, a PEC da Blindagem deve tramitar sem urgência e ser apreciada inicialmente pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). No colegiado, a proposta já enfrenta resistências do próprio relator Alessandro Vieira (MDB-SE), que já sinalizou que seu parecer deve ser desfavorável à proposta aprovada pelos deputados.Por outro lado, o relator do PL da Anistia, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tem articulado para transformar o projeto em um instrumento de redução de penas para condenados de atos antidemocráticos. A proposta mais “light” que tem gerado críticas entre parlamentares de direita, que defendem uma anistia ampla, geral e irrestrita.