‘A política tem que traduzir o que de fato incomoda a maioria da população’, diz Edinho Silva sobre manifestação

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Manifestações organizadas por movimentos sociais, sindicatos, partidos de esquerda e artistas tomaram conta das ruas em várias capitais brasileiras neste fim de semana. Os atos se posicionaram contra dois projetos em tramitação no Congresso Nacional: a PEC da Anistia e a PEC das Prerrogativas, também chamada de “PEC da Blindagem”.A primeira perdoa políticos e manifestantes envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023. Já a segunda dificulta investigações sobre parlamentares por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Ambas ainda precisam passar pelo Senado. Além da pauta nacional, os protestos também trouxeram críticas à política externa e à dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos, com pedidos de maior soberania nacional. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Em São Paulo, a manifestação ocupou um dos principais cartões-postais da capital: a Avenida Paulista. Com bandeiras do Brasil, faixas, cartazes e camisetas de movimentos sociais, sindicatos e organizações populares, os manifestantes enfrentaram o forte calor, com temperaturas que chegaram aos 30 °C. No meio da tarde, a chuva chegou a dispersar parte do público, mas não impediu que o ato seguisse até o início da noite. De acordo com a Universidade de São Paulo (USP), mais de 42 mil pessoas participaram do protesto em seu ápice.Em declaração enviada à Jovem Pan, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Edinho Silva, afirmou: “As manifestações de hoje no Brasil todo, que caracterizam uma data histórica, dão visibilidade à indignação do povo brasileiro. A política tem que traduzir o que de fato incomoda a maioria da população. O Congresso Nacional tem que pautar: a isenção do imposto de renda para os trabalhadores assalariados, a redução da jornada de trabalho, a segurança pública, debater medidas para fim das filas na saúde pública, a universalização da educação integral, a tarifa zero para o transporte público. Ou a liderança política entende isso, ou a pauta do Congresso será o fermento de mobilizações que só estão começando.”Ato vira show na orla de CopacabanaNo Rio de Janeiro, a orla de Copacabana, na zona sul da capital, foi o cenário do protesto. O evento foi apelidado de “showmício” por muitos nas redes sociais, já que contou com apresentações de artistas como Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso, Djavan, entre outros.Manifestações em Brasília, Salvador e outras capitaisNa capital federal, o ato começou em frente ao Museu Nacional da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Com faixas e cartazes, os manifestantes protestaram contra a anistia aos golpistas e contra a PEC das Prerrogativas. Em Salvador, o protesto teve início no Cristo da Barra pela manhã e contou com a presença de artistas como Daniela Mercury e o ator Wagner Moura. A principal bandeira do ato foi o respeito ao Estado Democrático de Direito.  Além dessas cidades, manifestações da esquerda também ocorreram em Belo Horizonte, Natal, Maceió, João Pessoa, Recife, Fortaleza, Belém, Teresina, São Luís, Manaus e praticamente todas as capitais do país. Leia também Aliados de Lula veem atos contra anistia e PEC da Blindagem como fator de pressão sobre Congresso Manifestantes ocupam ruas pelo país em atos contra anistia e PEC da Blindagem