Ucrânia e aliados concordam com termos de garantias de segurança

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Preste a completar quatro anos da guerra entre Ucrânia e Rússia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou, nesta segunda-feira (15), que houve “avanços reais” na questão das garantias de segurança para o fim da guerra com a Rússia.”Há questões complexas, particularmente as relacionadas ao território […] Para ser honesto, ainda temos posições diferentes”, disse o mandatário ucraniano à imprensa. As diferenças estão relacionadas a possibilidade de Kiev ceder territórios.Trump considerou inevitável que a Ucrânia cedesse território à Rússia, um resultado inaceitável para Zelensky após quase quatro anos de guerra. A Rússia assinalou que insistirá em suas exigências fundamentais, entre elas as relativas ao território e ao fato de a Ucrânia jamais se juntar à aliança militar do Atlântica Norte. O Kremlin indicou nesta segunda-feira que espera que Washington o informe sobre os resultados das conversas em Berlim.Zelensky reuniu-se pelo segundo dia consecutivo com o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, para tentar pôr fim à guerra iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia, com base em uma proposta apresentada pelo republicano. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que falou mais cedo com líderes europeus e que as coisas “parecem estarem indo bem” para a Ucrânia. “A Rússia também está disposta a acabar com guerra”, afirmou, em uma apresentação da Medalha de Defesa da fronteira mexicana. Segundo o republicano, a conversa envolveu os chefes da Alemanha, Itália, Finlândia, França, Reino Unido, Polônia, Noruega, Dinamarca, Países Baixos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).Também participarão os líderes de Itália, Polônia, Finlândia, assim como os chefes da Otan e da União Europeia. Os Estados Unidos afirmaram que forneceram à Ucrânia garantias sólidas em matéria de segurança semelhantes às da Otan, e expressaram confiança de que a Rússia as aceitaria.Trump aumentou a pressão sobre a Ucrânia desde que apresentou, em novembro, um plano de 28 pontos para encerrar a guerra. O projeto, no entanto, foi criticado por Kiev e seus aliados por ser favorável demais a Moscou. Desde então, as autoridades de Kiev apresentaram uma contraproposta e Zelensky indicou que seu país estava disposto a abrir mão de seu desejo de aderir à Otan, desde que recebesse em troca garantias sólidas em matéria de segurança.Trump já descartou a entrada formal da Ucrânia na Otan e alinhou-se a Moscou ao qualificar as aspirações de Kiev de aderir à aliança como uma razão para a invasão russa, contudo, advertiram que a Ucrânia deveria aceitar o pacto, o que proporcionaria, segundo eles, garantias alinhadas ao Artigo 5 da Otan, que considera que um ataque a um aliado é, na verdade, direcionado a todos. “A base desse acordo é, basicamente, ter garantias realmente muito fortes — como as do Artigo 5 [da Carta da Otan] — e também uma dissuasão muito, muito sólida” por meio de armamentos, disse um funcionário sob condição de anonimato. Leia também Rússia classifica Pussy Riot como 'organização extremista' Zelensky admite pela primeira vez que Ucrânia pode perder território *Com informações da AFP e EstadãoConteúdo