O sócio da Itaú Asset Management, Renato Eid Tucci, publicou uma análise detalhada sobre o comportamento do bitcoin e as perspectivas para o próximo ano no dia 8 de dezembro. Ele avaliou os movimentos do ativo digital em 2025 e projetou cenários técnicos para a composição estratégica de carteiras em 2026.O executivo destacou que o mercado financeiro atravessa um período marcado por volatilidade e choques macroeconômicos que variam da geopolítica às políticas monetárias globais. Ele afirmou em sua publicação: “Temos então um duplo desafio, incerteza nas cotações globais mais variação cambial que reforça uma lição central para construção da sua carteira de investimentos: prever não é saber”.A busca por um ponto de entrada exato em ativos de risco apresenta dificuldades elevadas para o investidor que navega por esse cenário de incertezas. O especialista completou seu raciocínio sobre o tema: “Por isso, tentar um timing perfeito em ativos como Bitcoin ou outros mercados internacionais é arriscado e, muitas vezes, contraproducente”.Oscilação de preços do bitcoin no destaque de 2025O preço de referência do bitcoin iniciou o ano de 2025 próximo ao patamar de 95 mil dólares e recuou para 80 mil dólares durante o auge da crise das tarifas. A cotação recuperou seu valor posteriormente e atingiu o recorde de 125 mil dólares antes de retornar ao nível original de 95 mil dólares após novo período de instabilidade.A amplitude dos preços ilustra a alta volatilidade do ativo e evidencia a imprevisibilidade do futuro no curto prazo para os participantes do mercado. O bitcoin assume um papel relevante nesse contexto por ser um ativo distinto da renda fixa ou ações tradicionais devido à sua natureza global e tecnologia descentralizada.A variação da moeda digital ocorre simultaneamente à depreciação do câmbio brasileiro que atingiu cerca de 15% no período analisado pelo gestor. Essa desvalorização afeta o desempenho em reais de estratégias que utilizam proteção cambial como o fundo BITI11 gerido pela instituição financeira.O ativo digital funciona como um mecanismo de proteção para a carteira de investimentos em momentos de estresse agudo nos mercados internacionais. O artigo relembra o cenário vivenciado em dezembro de 2024 quando a taxa de câmbio operou próxima de 6,30 dólares e impactou as alocações locais.Estratégia de alocação em ETF de bitcoin: “entre 1% e 3%”A estratégia recomendada envolve a integração de criptoativos como componente complementar com peso ajustado ao perfil de risco individual de cada investidor. A alocação calibrada busca capturar retornos não correlacionados com os ciclos domésticos e proteger parcialmente o capital contra a desvalorização da moeda local.Dados apresentados pela gestora indicam uma baixa correlação do fundo de índice com outros ativos tradicionais disponíveis no mercado financeiro brasileiro. A alocação sugerida entre 1% e 3% do portfólio total permite que o investidor utilize a tecnologia do bitcoin para gerar diversificação real na carteira.A manutenção de posições no ativo exige moderação e a resistência à tentação de reagir a ruídos de curto prazo emitidos pelo mercado. O horizonte de investimento deve permanecer focado no longo prazo para aproveitar o potencial de valorização e a característica de reserva de valor global do ativo.Fonte: Executivo da Itaú Asset recomenda 1% a 3% de bitcoin em portfólioVeja mais notícias sobre Bitcoin. Siga o Livecoins no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.